No seu site oficial, a FPF divulgou o parecer técnico da Direção Geral de Saúde (DGS) para o regresso do futebol do primeiro escalão em plena pandemia da covid-19, num documento em que os jogadores, e também árbitros e treinadores, estão obrigados a ficar em casa até final da época, podendo apenas sair para treinar ou jogar.
“Para minimizar o risco de infeção, os atletas, as equipas técnicas e os árbitros devem manter-se em recolhimento domiciliário desde a data do início da retoma dos treinos para as competições oficiais e até ao final da temporada de todas as competições. Entende-se por recolhimento, o cumprimento de medidas rigorosas de distanciamento físico com outras pessoas. As deslocações dos intervenientes acima indicados devem restringir-se ao trajeto domicílio-clube/competição-domicílio”, lê-se no site da FPF.
Para facilitar essa situação, a DGS defendeu que os clubes devem “apoiar os atletas e as suas famílias” e recorrer a “entregas domiciliárias de bens e serviços”.
“Após este período de 14 dias (de testes), atletas, equipas técnicas e árbitros com dois testes laboratoriais negativos que estejam clinicamente aptos, após avaliação pelo departamento médicos dos clubes, podem iniciar treinos coletivos e participar nas competições oficiais”, lê-se no comunicado.
Mesmo assim, antes de cada jogo, num período de 48 horas, os jogadores serão submetidos a dois testes.
“Durante as competições devem ser realizados, para todos os jogos, dois testes laboratoriais por semana: um 48 horas antes do jogo e outro o mais próximo possível da hora do jogo”, apontou a FPF, citando o parecer da DGS.
O organismo confirmou que os jogos serão realizados à porta fechada e que a circulação de adeptos na zona exteriores dos estádios será “limitada”.
“Não está autorizada a concentração de pessoas em número superior a 10. As forças e serviços de segurança devem, sob proposta da FPF, assegurar o cumprimento da legislação vigente, nomeadamente promover a dispersão de concentração de pessoas, quer no perímetro dos estádios, quer junto a hotéis, centros de treino, e via pública”, diz o comunicado.
Segundo a DGS, a FPF terá que “elaborar um documento estruturado com as recomendações e regras para a retoma das competições oficiais da I Liga de Futebol e da Taça de Portugal que seja do conhecimento público” e em que estará definido os estádios em que os restantes jogos serão disputados.
“As competições devem ser realizadas no menor número possível de estádios. Estes estádios selecionados devem ser aprovados, para o efeito de retoma destas atividades desportivas, pela Autoridade de Saúde Regional. Estes estádios devem ter as condições que permitam a implementação de medidas de prevenção e controlo de infeção de forma sustentada”, aconselhou a DGS.
Com o fim do estado de emergência no dia 03 de maio, o Governo autorizou o regresso dos jogos à porta fechada da principal competição de futebol, no fim de semana de 30 e 31 de maio, numa decisão que, no entanto, está dependente de aprovação da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.135 pessoas das 27.581 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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