Luís Freire encara este como o maior desafio na sua curta carreira, pois "é o clube com mais história" que orientou até aqui, considerando que o Nacional "é um clube ambicioso, com condições de I Liga".

O novo técnico da equipa madeirense definiu-se como um "treinador jovem, com um trajeto sustentado no futebol português", sublinhando já ter "tido experiências diversas, nos diferentes escalões", tendo "liderado projetos muito diferentes uns dos outros".

Luís Freire disse ainda gostar "de se colocar à prova e de desafios” e que “este é um muito interessante" na sua carreira, onde procurará "desenvolver uma cultura de vitória, que permita o Nacional voltar à I Liga", embora reconhecendo que a II Liga "é um campeonato ultra competitivo", com "projetos desportivos financeiramente" fortes, que tornará a prova "muito atrativa".

O novo treinador do Nacional quer uma "equipa forte emocionalmente", com um futebol "com princípio meio e fim, comprometida defensivamente, mas com uma reação forte à perda da bola forte", sabendo que na "II Liga é preciso também sacrifício, não só qualidade".

O presidente do Nacional, Rui Alves, afirmou que "depois de uma época menos conseguida, que conduziu a instituição à II Liga", a escolha recaiu "num timoneiro jovem, ambicioso e competente", esperando que consiga "sem obsessão, devolver o Nacional ao convívio dos grandes", concretizando "uma época de sucesso".

Quanto aos jogadores que transitarão da temporada passada, frisou que é intenção "salvaguardar o núcleo de mais qualidade, pois, ressalvou, seria "muito difícil começar uma equipa do zero". Aliás, Rui Alves acentuou que serão cerca de "dezasseis os jogadores que transitarão".

No ano passado, as inúmeras lesões que afetaram o plantel deverão ser alvo de reflexão, "podendo o quadro clínico sofrer alguma alteração".

A equipa técnica liderada por Luís Freire será constituída por Joaquim Rodrigues, Carlos Braz, como treinador de guarda-redes, Nuno Silva e Tiago Louzeiro, na área da preparação física. Contará ainda com André Jasmins, o único que transita da equipa técnica anterior, na área da recuperação, bem como com João Ferreira e Rui Sousa, na área da observação.

Luís Freire começou como técnico dos escalões de formação do Juventude de Évora e foi depois técnico adjunto de Filipe Moreira no Mafra, no Tondela e no Oriental.

O treinador, de 33 anos, teve a sua primeira experiência como técnico principal em 2012/13, no Ericeirense, passando depois pelo Pêro Pinheiro, antes de chegar ao Mafra, no qual se sagrou campeão do Campeonato de Portugal, em 2017/18. Na época passada, esteve no Estoril Praia.