Na chegada da comitiva lusa ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Madjer revelou sentir “um misto de emoções”, com a conquista de mais um troféu e o anúncio do fim da carreira, mas garantiu que o futuro da seleção portuguesa está “asseguradíssimo”.
“O futebol de praia faz parte da minha vida e fará sempre. Vou manter-me ligado à modalidade e acompanhar os sucessos da parte de fora. Temos muitos jogadores que não estiveram neste Campeonato do Mundo, mas que serão chamados. Há muita qualidade em Portugal”, afirmou.
Aos 42 anos, Madjer juntou este título aos já conquistados por Portugal em 2001 e 2015, nos quais também participou, e considerou a união do grupo como a principal força da equipa, sobretudo na resposta à derrota com o Brasil (9-7), ainda na fase de grupos.
“Veio-nos à cabeça 2015, em que perdemos com o Senegal e acabámos por ser campeões do mundo. Tivemos uma conversa sobre o que tinha sucedido e serviu para nos unirmos em busca do objetivo. A nossa união traz-nos a estes títulos”, contou.
Jordan Santos, considerado o melhor jogador de futebol de praia da atualidade e o segundo melhor no Mundial, disputado em Assunção, Paraguai, confessou que todos os jogos “foram difíceis” e perspetivou que Portugal será agora “o alvo a abater”.
“Fomos preparando jogo a jogo, tivemos um jogo com o Brasil que perdemos, mas não perdemos o foco. Conseguimos este objetivo, que era o principal do ano, e estamos todos de parabéns”, disse Jordan Santos, acrescentando: “Vamos ser o alvo a abater, temos de nos preparar para isso, mas acho que vamos estar à altura”.
O selecionador português, Mário Narciso, confessou “ser difícil fazer melhor” que em 2019, ano em que Portugal conquistou, além do Mundial, os II Jogos Europeus, em Minsk, e o Campeonato da Europa, na Figueira da Foz, revelando que soube desde cedo no jogo da final que Portugal ia vencer a Itália, o que acabou por se verificar, por 6-4.
“Quando começou o jogo com a Itália, senti que íamos ganhar. A grande arma para ganhar este Mundial foi a forma como defendemos. Até começámos a perder, mas pela forma como estávamos a jogar, a defender assim, no final do primeiro período já pensava que íamos ganhar”, expressou.
Com a promessa de cortar o bigode, que irá cumprir antes da visita ao Palácio de Belém, onde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe a comitiva, às 13:45, Mário Narciso revelou que “a qualidade dos jogadores” foi o segredo para superar os obstáculos que levaram à conquista do terceiro cetro mundial.
“O segredo, na minha opinião, é a qualidade dos jogadores. Conseguimos reunir um naipe de bons jogadores e isso faz as equipas ganharem. Chegar à final é mais difícil do que cortar o bigode. Na fase de apuramento, no jogo decisivo, passámos nos penáltis com a Espanha. Foi uma árdua tarefa chegar até aqui”, sublinhou.
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