Numa prova em que também esteve outro português, Nelson Évora – que foi 10.º, com 16,69 metros -, Pichardo esteve a um nível já bastante alto, chegando aos 17,47 metros, marca só batida pelo norte-americano Omar Craddock, que, com 17,68, igualou a melhor marca mundial do ano, que já lhe pertencia.
Pichardo, nascido em Cuba e naturalizado português, ‘salta’ diretamente para segundo melhor mundial do ano, em igualdade com o grande ausente em Roma, o norte-americano Chris Taylor, campeão olímpico e mundial.
Taylor tem protestado ativamente contra o que considera serem prémios de presença baixos pagos aos triplo-saltadadores nos ‘meetings’ da Liga Diamante. Não chegou a acordo com a organização e ficou de fora, tal como o seu compatriota Will Clayes, também ele um dos melhores do mundo.
Craddock confirmou o favoritismo e Pichardo arranca muito bem a época, depois de ter sido impedido, em maio, de competir como português pelo Benfica na Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Apesar da associação internacional das federações de atletismo (IAAF) já ter reconhecido a mudança de nacionalidade (Pichardo pode estrear-se pela seleção no Mundial), a associação europeia (EAA) ainda não ‘validou’ a mudança, para as suas provas.
Pichardo, que já é o recordista nacional, é o quinto homem do ano a mais de 17,40, juntando-se a quatro norte-americanos – Taylor, Craddock, Claye e ainda Donald Scott, terceiro na prova de hoje com 17,43.
Quanto a Nelson Évora, o ex-recordista luso, que tem uma longa e ilustre carreira em que se destacam o título olímpico e várias outras medalhas em Mundiais e Europeus, ainda está longe do seu melhor.
Em três saltos apenas, teve como melhor 16,69 metros, o que ainda não chega para entrar no ‘top-30′ mundial. Com 17,11 em pista coberta esta época, Évora também tem os mínimos para o Mundial de Doha, em setembro e outubro próximos.
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