“Obrigado por terem dado a melhor versão de Espanha”, disse Sánchez aos jogadores, no Palácio da Moncloa, sede do Governo do país.
Sánchez destacou a “capacidade de esforço, de recuperação, de espírito de equipa, de sacrifício, de preparação, de estratégia e também de jogo limpo e o jogo bonito” da seleção, que venceu no domingo pela quarta vez o campeonato da Europa, numa final em Berlim em que derrotou a Inglaterra por 2-1.
O primeiro-ministro de Espanha sublinhou que o desporto, e em especial os coletivos, “transmitem muitos valores” e que o mais relevante do Euro2024 foi “o espírito equipa” da seleção.
Antes, no Palácio da Zarzuela, a seleção tinha sido também recebida pela família real de Espanha (o Rei Felipe VI, a mulher, Letizia, e as duas filhas, Leonor e Sofia).
Felipe VI agradeceu aos jogadores a “alegria para Espanha” que conseguiram com a vitória no Euro2024.
“O vosso legado é imenso. Obrigado pelo vosso esforço e por jogarem como jogam, não apenas tecnicamente, mas também por essa alegria e esse espírito e equipa que marcou este grupo maravilhoso”, disse o chefe de Estado espanhol aos jogadores.
A equipa ofereceu a Felipe VI e a Pedro Sánchez uma camisola da seleção com o número 4 (as vezes que Espanha já conquistou o título de campeã da Europa de futebol) e a inscrição “reis da Europa”.
A seleção espanhola iniciou depois destas duas receções um percurso de pouco mais de cinco quilómetros por ruas do centro de Madrid, num autocarro aberto, em que está a ser saudada por milhares de pessoas.
O percurso terminará na emblemática praça Cibeles, em frente do edifício da câmara municipal e cenário habitual de grandes celebrações de futebol.
É neste local, onde está instalado um palco e ecrãs, que decorrerá a festa final, sendo a comitiva aguardada por milhares de pessoas há várias horas.
No domingo à noite, na capital espanhola e noutras cidades, milhares de pessoas seguiram já nas ruas, através de ecrãs instalados ao ar livre, a final do Euro2024, em que Espanha derrotou a Inglaterra por 2-1.
Espanha tornou-se no domingo campeã da Europa de futebol pela quarta vez, um recorde na história da competição.
Este triunfo ocorre num país com uma história recente marcada por divisões internas e movimentos separatistas, que vive um momento político muito crispado e em que tem ganhado protagonismo a extrema-direita, com um discurso anti-imigração e considerado com frequência racista e xenófobo.
Neste contexto, a pluralidade, a multirracialidade e o espírito de equipa e de união da seleção que no domingo conquistou o Euro2024 estão a ser especialmente celebrados e destacados, tanto nos meios de comunicação social como nas ruas.
Especial protagonismo – pelo desempenho em campo e pelas histórias pessoais – estão a ter os jogadores Nico Williams, de 22 anos, filho de imigrantes do Gana que atravessaram o deserto do Saara a pé até entrarem em Espanha, e Lamine Yamal, de 17 anos, nascido nos subúrbios de Barcelona, com pai de Marrocos e mãe da Guiné Equatorial.
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