A Ocean Race 2022-2023, icónica aventura de circum-navegação, já tem datas e paragens marcadas.

A mais antiga regata à volta do mundo, ex-Whitbread Round the World Race (1973-1998) e antiga Volvo Ocean Race (2001-2018), arranca de Alicante, Espanha, a 15 de janeiro de 2023 e termina em Génova, Itália, a 1 de julho, seis meses e 32 mil milhas náuticas (60 mil quilómetros) depois.

“O percurso e datas do The Ocean Race 2022-2023 proporcionam uma intensa corrida de seis meses à volta do mundo que, pela primeira vez, começa e termina no Mediterrâneo”, assinalou Phil Lawrence, diretor da The Race, em comunicado.

Destinada às classes IMOCA (foling) e VO65 (one design), as 14 e 8 equipas registadas partem separadamente na corrida à volta do globo.

A 14.ª edição da The Ocean Race terá em Alicante, porto de largada desta viagem de superação desde 2008, um barco com bandeira portuguesa. O Race for the Planet, da Fundação Mirpuri, recém-vencedor da regata regional Ocean Race Europe, é um repetente após a estreia na edição 2017-2018, surgindo agora transvestido no VO65, vencedor nesse ano (barco da equipa sino-francesa Dongfeng Racing Team).

Cabo Verde embala velejadores antes da maratona de um mês sem pisar terra

Habituado a ver os barcos passarem ao largo a caminho do Atlântico Sul, o arquipélago de Cabo Verde estreia-se na qualidade de “paragem”, sendo uma das oito escalas da frota.

Da terra da morna e da cachupa, os lobos do mar seguem para a Cidade do Cabo, porto sul-africano que recebe pela 12.ª vez a The Ocean Race. Aí chegados, as embarcações serão penduradas fora de água para reparação, o que se repetirá em mais dois portos.

A ida às oficinas antecipa um recorde de travessia de uma só etapa em 50 anos de história da viagem à volta do globo: 12,750 milhas náuticas (23,6 mil km), uma maratona de um mês até Itajaí, Brasil, onde os barcos sofrerão nova manutenção.

“Adicionámos a maior regata (leg) na história do evento, levando a frota a três quartos do caminho ao redor da Antártica”, detalhou Phil Lawrence.

Passar três Cabos de uma só vez

Com o mais meridional de todos os continentes, a Antártida, à direita, os IMOCA e VO65 enfrentam os três grandes Cabos do Sul: Cabo da Boa Esperança, Cabo Leeuwin e Cape Horn, sem parar, o que acontece pela primeira vez.

Do Brasil seguem para norte, pelas calmarias (doldrums), atravessando o Equador até Newport, Rhode Island, na costa Leste dos Estados Unidos da América.

Segue-se a travessia transatlântica de regresso à Europa, parando em Aarhus, Dinamarca, seguido de um “voo” até Kiel, Alemanha, escala final da edição 2001-2002, a caminho de Haia, nos Países Baixos.

A capital holandesa, “casa” da Família Real e sede do Tribunal Internacional, foi a paragem final da edição passada e na qual três equipas – Dongfeng, MAPFRE (Espanha), Team Brunel (Países Baixos) disputaram à milha e ao minuto a vitória, a mais apertada dos 45 anos de história da regata e a primeira conseguida por uma equipa de bandeira chinesa.

A final 2022-2023 acontecerá em Génova, Itália, com direito à última in-port races, depois das regatas costeiras (pontuam separadamente e contribuem para eventual desempate na contabilidade geral) de Alicante, Cidade do Cabo, Itajaí, Newport, Aarhus e Haia.

“Os vencedores desta edição da The Ocean Race necessitam de demonstrar aptidões de elite, consistência em todos os tipos de condições de mar e resiliência diante dos contratempos inevitáveis. Isso vai além de algo que tenham encontrado em qualquer outra viagem”, sentenciou Phil Lawrence, diretor da The Race.

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