“Sou uma pessoa da casa, conheço a história do Boavista, é uma aposta na continuidade. Não sou o mesmo do que quando saí, estou mais experiente e conhecedor da realidade do futebol português. Sabemos o que queremos para o futuro e vai ser uma aposta na formação. Temos melhorado as condições dia-a-dia. Acima de tudo estou feliz por estar em minha casa, é um voto de confiança da administração”, afirmou o técnico, que agora tem contrato até junho de 2024.
O acordo foi anunciado ao lado do presidente Vítor Murta, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo do 14.º classificado, com 19 pontos, frente ao Vizela, 11.º, com 22, no domingo, às 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, para a 21.ª jornada do campeonato.
“O argumento da renovação é fácil: o excelente trabalho do Petit e da sua equipa técnica. Interiorizaram o espírito do Boavista, o trabalho está à vista de todos”, vincou Vítor Murta.
Armando Gonçalves Teixeira, mais conhecido no futebol por Petit, leva duas vitórias, seis empates e duas derrotas desde que rendeu João Pedro Sousa no Boavista em 30 de novembro de 2021, cerca de um mês e meio depois de ter deixado o Belenenses SAD.
“Trabalho sempre da mesma forma pelos clubes onde passei, ganhei experiência noutros clubes que hoje me dá uma bagagem muito maior. Estou em minha casa, conheço as pessoas — estou aqui há mais de 30 anos — conheço o que querem do clube, vou fazer parte desse crescimento e colocar [em prática] aquilo que aprendi não só em Portugal, mas também na Alemanha”, referiu Petit.
O técnico conduziu os ‘axadrezados’ a uma inédita presença na ‘final four’ da Taça da Liga, perdendo com o Benfica (2-3 nos penáltis, após 1-1 nos 90 minutos) nas ‘meias’.
“Há uma critica que tem sido feita a esta administração e com a qual eu concordo, que é termos alterado sucessivamente os treinadores. Não é porque queremos, é por razões circunstanciais. Encontramos um treinador que veste a pele do Boavista, conhece o clube melhor que o presidente. Faz todo o sentido que se perceba, quer por parte da administração, equipa técnica, jogadores e adeptos, que este é um casamento para durar. É um projeto que se quer longo e de sucesso”, esclareceu Vítor Murta.
Oriundo de Estrasburgo, em França, Petit, de 45 anos, debutou como técnico principal no Boavista (2012-2015) e atravessou Tondela (2015-2017), Moreirense (2017 e 2018), Paços de Ferreira (2017-2018), Marítimo (2018/19) e Belenenses SAD (2019-2021).
O ex-médio cumpriu toda a formação no Bessa, de 1987 a 1995, e foi preponderante na conquista de um inédito título de campeão nacional, em 2000/01, já depois de ter vindo a despontar a nível sénior entre Esposende, Gondomar, União de Lamas e Gil Vicente.
Com 59 jogos e quatro golos pela seleção nacional, Petit rumou em 2002 ao Benfica, que representou cinco épocas, vencendo um campeonato (2004/05), uma Taça de Portugal (2003/04) e uma Supertaça (2004), antes de jogar mais quatro anos nos alemães do Colónia e encerrar a carreira no Boavista, então na extinta II Divisão B, em 2012/13.
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