"O jogador está bem, motivado para este jogo e para ajudar a equipa a vencer", afirmou Ancelotti.

A polémica em torno das comemorações de Vinícius em campo ganhou um novo ingrediente depois da declaração racista do presidente da Associação Espanhola de Agentes de Futebolistas (AEAF), Pedro Bravo, no programa de televisão El Chiringuito.

Bravo disse que o atacante tem de "respeitar o adversário" e que, "se quer sambar", deve fazer isso no Brasil: "Tem de respeitar os companheiros de profissão e deixar de se comportar como um macaco".

Embora o agente tenha se desculpado argumentando que na Espanha a expressão "hacer el mono" é usada para falar de pessoas que "fazem parvoíces", a sua declaração gerou reações de apoio a 'Vini' vindas do Brasil e do Real Madrid, e inclusive uma resposta do próprio atacante.

"Não vejo esta forma de racismo na Espanha, mas mantenho a posição do clube e de Vinícius e a partir daí falamos de futebol", comentou Ancelotti.

"Uma coisa é o racismo e outra coisa é o que acontece em campo. Fala-se muito de provocação e isso não comentamos. Outra coisa é o racismo, que é muito mais importante do que o que acontece em um campo. Creio que o jogador respondeu muito bem no seu comunicado", acrescentou o técnico merengue.

Ancelotti descartou que a polémica possa afetar o rendimento da equipa e o ambiente no balneário. "Estamos focados no jogo. Não falamos sobre esses assuntos no balneário, só se fala de futebol", disse.

O italiano afirmou que não conversou sobre o assunto com Vinícius porque "não sou o seu pai, não sou o seu irmão, sou seu treinador".

"Está a jogar futebol com a alegria que tem, com a felicidade que tem. Não está a sentir nada", finalizou Ancelotti.