É uma realidade. Há menos casas para vender em Portugal, quase 40% face a 2014, de acordo com uma notícia desta segunda-feira do Diário de Notícias, que teve acesso a dados oficiais.
"O stock de casas para venda em Portugal caiu quase 40% no espaço de uma década, mais precisamente 38,6%. No segundo trimestre deste ano, estavam no mercado pouco mais de 58 mil imóveis, mas no final de 2014 - já a troika se tinha despedido do país -, contabilizavam-se perto de 95 mil. A partir desse ano a carteira residencial das imobiliárias vai lentamente emagrecendo, com especial fulgor de 2018 até junho", lê-se no artigo.
O diário português esteve à conversa com especialistas do setor e um deles, Paulo Caiado, presidente da APEMIP (associação das empresas de mediação imobiliária), "lembra a escassez de construção, mas põe o dedo noutras feridas: ausência quase total de oferta pública; maior procura por arrendamento; e a absorção de parte da oferta para arrendamento por cerca de 400 mil imigrantes, que nos últimos anos vieram trabalhar para Portugal".
Já Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN (associação que representa a indústria da construção), salienta que "na última década, assistiu-se a uma degradação do estado de conservação do parque edificado, um desinvestimento do Estado em habitação e um abrandamento do investimento privado", que refere também que a atual falta de oferta de habitação não é já um problema conjuntural, "é antes um problema estrutural".
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