Das cerca de três mil ligações operadas pelo grupo alemão foram canceladas 876, incluindo 51 voos internacionais, com a greve a afetar aproximadamente cem mil passageiros, como advertiu, na terça-feira, o grupo.

Na noite de terça-feira, o sindicato de pilotos apelou para que a greve seja prolongada ao dia de quinta-feira.

“A Lufthansa regista com total incompreensão o anúncio do sindicato de pilotos Cockpit do prolongamento da greve a quinta-feira antes mesmo de ter começado a de quarta-feira”, disse a companhia aérea.

De e para Portugal estava previsto o cancelamento de sete dos 12 voos programados — dois voos entre Lisboa e Frankfurt e dois voos entre Lisboa e Munique, além do voo de Munique e os dois voos para Frankfurt, do Porto –, segundo disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea alemã na terça-feira.

Esta é a 14.ª greve dos pilotos da Lufthansa desde abril de 2014.

A greve dos pilotos da companhia aérea foi convocada pelo sindicato Cockpit depois de terem fracassado as negociações para um acordo coletivo.

O sindicato decidiu fazer novas paralisações depois de não se ter alcançado um acordo sobre os salários de 5.400 comandantes e copilotos da Lufthansa, exigindo uma subida média de 3,66% por ano com efeitos retroativos.

O número de voos que devem ser cancelados na quinta-feira ainda não foi divulgado.

A greve dos pilotos não afeta as filiais do grupo Eurowings, Swiss, Austrian Airlines, Air Dolomiti e Brussels Airlines.

Na terça-feira, a Eurowings, companhia de baixo custo do grupo, cancelou 60 voos devido a uma outra greve do seu pessoal de cabine, convocada pelo sindicato do setor dos serviços Verdi, que pede um aumento salarial para 460 funcionários e suplementos segundo a função.