“Digo claramente que a ocupação (Israel) tem a responsabilidade de não chegar a um acordo, mas digo que estamos abertos a continuar as negociações, seja qual for a forma”, afirmou Ismail Haniyeh, numa mensagem transmitida hoje na televisão.
“Se recebermos dos nossos irmãos mediadores um compromisso claro do ocupante de se retirar (da Faixa de Gaza), de parar a sua agressão e de permitir o regresso das pessoas deslocadas, estamos prontos a avançar e a mostrar flexibilidade na troca” de reféns e prisioneiros, acrescentou o líder citado pela agência de notícias francesa AFP.
O líder do Hamas afirmou ainda ter estado em contacto com os mediadores “algumas horas” antes do seu discurso, mas sem sucesso.
Os países mediadores – Estados Unidos, Qatar e Egito – não conseguiram até agora chegar a um acordo sobre uma trégua antes do início do Ramadão, mesmo depois de terem estado em conversações durante vários dias, na semana passada.
Neste encontro, que se realizou no Cairo, Israel não enviou uma delegação.
O Hamas exige um cessar-fogo definitivo e a retirada das tropas israelitas antes de se poder chegar a um acordo sobre a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza.
Segundo as autoridades israelitas, há 130 reféns, 31 dos quais se pensa estarem mortos.
Israel exige que o Hamas forneça uma lista precisa dos reféns ainda vivos, mas o movimento palestiniano afirmou que não sabe quem está “vivo ou morto” entre eles.
O mês de jejum muçulmano começa na segunda-feira.
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