Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à margem do 30.º Aniversário da Fundação Oriente, tendo sido questionado sobre as contas do Montepio e a eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do banco.

"Eu não queria pronunciar-me sobre essa matéria. É uma matéria que está ainda a correr em termos de apreciação por parte das entidades competentes, desde logo da entidade particularmente competente que é o Banco de Portugal e portanto não me queria pronunciar sobre isso", disse, perante as questões feitas pelos jornalistas.

Sobre o Conselho de Finanças Públicas (CFP) ter estimado um défice de 1%, em 2017, e de 0,7%, em 2018, abaixo dos previstos pelo Governo, assumindo que, com as políticas em vigor, Portugal terá um saldo orçamental positivo já em 2020, o Presidente da República disse esperar que estas previsões se verifiquem.

"Vamos aguardar os números finais, mas todos temos a noção de que aquilo que se vai conhecendo aponta para haver uma evolução do défice, por ventura mais favorável do que se pensava", afirmou.

De acordo com o Presidente da República, todos têm "a noção de que, salvo acontecimentos internacionais que escapam, os sinais são muito positivos para o crescimento".

"Vamos desejar que assim seja. Eu sou o primeiro a ficar feliz. Eu sou um otimista realista, mas se verificar que aquilo que muitos previam como menos positivo é, não só positivo, como muito positivo, eu sou o primeiro a ficar feliz. O Presidente da República só pode ficar feliz pelo facto de Portugal estar feliz e de o Governo, ele próprio estar feliz, com os resultados que obtém", enalteceu.

Nas comemorações do 30.º aniversário da Fundação Oriente e dos 10 anos do Museu Oriente estiveram também, entre outros, o primeiro-ministro, António Costa, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, o antigo presidente do BES Ricardo Salgado e o ministro da Cultura, José Pedro Castro Mendes.