"Não há milagres nem habilidades, mas um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado", afirmou Mário Centeno em conferência de imprensa, após uma conferência de imprensa depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado hoje que o défice orçamental do conjunto de 2016 ficou em 2,1% do PIB, abaixo da meta de 2,5% definida com Bruxelas para o encerramento do PDE.

O ministro das Finanças disse ainda que o orçamento foi cumprido "com um enormíssimo rigor", melhorando a situação nas escolas (em setembro todos os professores estavam colocados), na saúde, na Segurança Social. Há um aumento do excedente da Segurança Social num ano em que existe um aumento na proteção social muito significativo".

"Nada disto se faz sem esse rigor e sem esse trabalho conjunto", considerou o governante.

Mário Centeno dirigiu-se depois à oposição: "Surpreendem muito essas críticas, porque, primeiro, vêm muitas vezes de quem nunca cumpriu", considerou.

"Finalmente colocámos o país do lado de quem cumpre, o que é essencial para a credibilidade e confiança, que começa internamente", disse.

Nesse sentido, o ministro sublinhou que "as contas que são hoje apresentadas não o são a Bruxelas, mas aos portugueses", insistindo que "o Governo presta contas aos portugueses".

"Os que criticam ou fizeram coro de outras críticas têm pouca legitimidade, residam cá ou não, de o fazer", atirou Mário Centeno, referindo-se também às críticas externas.

Por fim, o ministro das Finanças garantiu que o saldo estrutural de 2016 "só pode ter melhorado", considerando que, por isso, o Governo "não tem preocupações" quanto à avaliação de Bruxelas a esse indicador.

"É uma avaliação que é feita no contexto da avaliação que se segue [pela Comissão Europeia], mas atendendo à forma como evoluiu a situação económica e a situação orçamental, o saldo estrutural melhorou com certeza mais do que estava previsto no início do ano", afirmou Mário Centeno.