Também em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco referiu que se extinguiram hoje “20.000 obrigações, no montante de 1.000MEuro (mil milhões de euros), representativas da emissão de obrigações sénior, garantida pelo Estado Português”.
A emissão cujos títulos foram hoje reembolsados pelo Novo Banco faz parte de um conjunto de três emissões no valor total de 3.500 milhões de euros, cujas datas de vencimento tinham sido prolongadas no ano passado.
A 30 de dezembro de 2015, foram publicados despachos em Diário da República que estendiam a garantia pessoal do Estado relativa a três emissões de obrigações do Novo Banco, tendo então o Ministério das Finanças justificado com a necessidade “de manutenção de colaterais para utilização em operações de política monetária do Eurosistema ou de prestação de garantias que se revelem necessárias à prossecução da sua atividade de concessão de crédito”.
As três emissões de obrigações foram emitidas pelo Banco Espírito Santo (BES) e passaram para o Novo Banco após a resolução do banco, a 03 de agosto de 2014. Os empréstimos obrigacionistas foram emitidos entre 2011 e 2012 e tinham vencimentos no final de 2016, no caso da emissão agora paga, e no início de 2017, no caso das outras duas emissões em causa.
O Novo Banco – o banco de transição que resultou da resolução do BES – apresentou na quinta-feira prejuízos de 359 milhões de euros até setembro, que comparam com o resultado negativo de 418,7 milhões de euros dos primeiros nove meses de 2015.
O banco — que está em processo de venda – destacou, contudo, o lucro de 3,7 milhões de euros que conseguiu no terceiro trimestre deste ano, uma vez que foi a primeira vez que gerou lucro desde que foi criado, há mais de dois anos.
O banco está atualmente em processo de reestruturação, que implica uma importante redução de custos operacionais.
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