Em conferência de imprensa tida em Ponta Delgada, o presidente do conselho de administração da SATA, António Teixeira, adiantou ainda que o prejuízo da SATA Air Açores, que faz as ligações entre as nove ilhas do arquipélago, foi de 2,5 milhões de euros.

"Os resultados obtidos ficaram aquém do esperado", reconheceu o gestor, atribuindo tal a "fatores externos e circunstanciais" e também uma "consequência da fase de estabilização operacional" em que se encontra o grupo.

Os voos operados em regime de ACMI (regime de aluguer de aeronave com tripulação) "por mais tempo que o esperado", a "imobilização prolongada" da aeronave Airbus A320 e diversas "manutenções não planeadas" são alguns dos motivos que levaram ao depreciar das contas.

No que refere a lugares oferecidos entre janeiro e junho, estes foram de 509 mil, número semelhante ao de 2018, mas houve uma "melhoria de 6,7% na taxa de ocupação", com "quase mais 10% que os lugares utilizados" em igual período de 2018.

Sem uma recapitalização e a "implementação cabal" de várias medidas, admitiu ainda António Teixeira, o grupo SATA "terá sérias dificuldades em apresentar resultados positivos", o que condicionará um "serviço de transporte aéreo mais eficiente e competitivo".

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que, hoje, foi já assumido como um "compromisso comprometido".

Nos últimos meses, houve um "levantamento exaustivo da situação económica e financeira do grupo", acrescentou ainda António Teixeira, para quem os "imponderáveis" na SATA, que opera no ramo da aviação, são "sempre de difícil resolução operacional".

(Notícia atualizada às 18h50)