Segundo António Ceia da Silva, o Alentejo, composto pelos distritos de Évora, Beja e Portalegre e pela costa alentejana, “continua a crescer à semelhança do que tem sucedido nos últimos sete anos”.
"Não se trata de um aumento ´low cost`, mas de um crescimento sustentável e considerável, na ordem dos 12 a 13 por cento", afirmou o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT-AR).
Citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a ERT adiantou à Lusa que o número de dormidas (hotelaria, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros) durante todo ano de 2015 na região Alentejo foi de 1.430.201, ao passo que até outubro deste ano foram registadas 1.424.755 dormidas.
Contudo, segundo a ERT, em regra, o acumulado dos meses de novembro e dezembro devolve sempre à região “mais de 150 mil dormidas”, além de haver ainda “boas perspetivas” de ocupação para o Natal e passagem de ano, sendo "crível” que se atinja, no total deste ano, “1,5 milhões” de dormidas.
A ERT observou, ainda, que os dados do INE, até outubro, não integram o número de dormidas em equipamentos de turismo rural e em parques de campismo.
“Aumentámos todos os indicadores. Não tivemos só mais turistas, como mais proveitos, maior taxa de ocupação quarto/cama, maiores indicadores em termos de taxa de permanência média. Por isso, eu diria que foi um crescimento muito sustentável que o Alentejo alcançou em 2016”, disse Ceia da Silva.
Em 2015 e comparativamente ao ano anterior, a taxa de crescimento no Alentejo foi de 10,2%.
Relativamente aos mercados externos, os maiores crescimentos este ano são da Alemanha (22,1%), Espanha (19,4%) e Itália (18,4%).
Quanto ao eventual avanço de novas unidades hoteleiras no Alentejo, Ceia da Silva defendeu que "são sempre bem-vindas mais camas com excelência e qualidade”, uma vez que o território “é também de excelência”.
“Desde que sejam camas com excelência e qualidade são sempre bem-vindas, pois o perfil do turista que visita a região mudou: é mais culto, mais informado e com mais poder de compra. Agora mais camas do mesmo que já temos, não”, disse.
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