
"As operações militares conjuntas protagonizadas pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e as Forças de Defesa do Ruanda têm alcançado resultados positivos no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, criando roturas na capacidade combativa e logística dos terroristas", disse Cristóvão Chume, citado hoje numa nota de imprensa do Ministério da Defesa de Moçambique.
Chume falava durante a reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que decorreu na segunda-feira, em formato virtual.
Embora estejam a ser registados resultados "positivos", prosseguiu o ministro da Defesa, o reforço da vigilância aérea, terrestre e marítima continuam fundamentais para travar os rebeldes que aterrorizam o norte de Moçambique há cinco anos.
Por outro lado, o governante moçambicano destaca a importância de operações de inteligência mais eficazes e a melhoria da capacidade de projeção estratégicas das forças governamentais que combatem a insurgência em Cabo Delgado.
"Atualmente, a situação de segurança de Moçambique é estável, sendo que as instituições do Estado se encontram em pleno funcionamento. Contudo, o terrorismo constitui ainda o maior desafio à paz, segurança e integridade territorial", refere-se na nota do Ministério da Defesa de Moçambique.
A província de Cabo Delgado tem sido aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o ACNUR, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
EYAC // VM
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