
Rui Rocha falava aos jornalistas no final de uma ronda pelas bancas do Mercado de Santiago, em Aveiro, onde se inteirou do "sentir da crise" de vendedores e compradores, em mais uma "rota Liberal", dedicada ao aumento do custo de vida.
"Viemos aqui hoje ao mercado em Aveiro para perceber junto das pessoas como é que estão a sentir os efeitos da crise e aquilo que constatamos é que as pessoas se referem que levam menos produtos, ou seja, o saco dos portugueses está cada vez mais vazio", disse.
Rui Rocha considera isso "preocupante, quando saíram notícias há umas horas que dizem que a carga fiscal atingiu níveis recorde, com 36,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Vemos sistematicamente o Governo de António Costa a cobrar cada vez mais, a reter cada vez mais salário e rendimento aos portugueses, e os portugueses a passarem cada vez pior", criticou, lembrando que a Iniciativa Liberal propôs o desagravamento dos impostos para os cinco escalões mais baixos do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).
"Não aceitamos que haja esta retenção excessiva de imposto às pessoas, num momento em que existe esta dificuldade que é aqui bem patente nas conversas que tivemos ao longo desta visita", insistiu.
À conversa veio também a TAP, onde a sucessão de episódios de "intromissão política, deixa antever que o novo CEO está condicionado", sendo esse "um caso que as pessoas estão a acompanhar com muita atenção e que faz com que elas fiquem muito frustradas".
Rui Rocha diz sentir que "à falta de esperança e de confiança na solução política atual", pelo que a Iniciativa Liberal será "parte da solução", mas repudia qualquer aliança à direita que inclua o Chega.
"A Iniciativa Liberal não fará nenhum tipo de entendimentos com partidos extremistas radicais, sejam eles de esquerda ou direita, porque não é esse o caminho do crescimento do país, não é esse o crescimento da confiança, do futuro, da esperança e queremos transformar o país sem pôr portugueses contra portugueses, sem cavalgar o medo, sem ideias xenófobas e populistas", declarou.
Rui Rocha, instado pelos jornalistas, comentou ainda as relações entre o Presidente da República e o Governo para dizer que "os portugueses estão cansados de novelas de estados de alma entre o primeiro-ministro, o Presidente da República".
"Na vida real, as pessoas estão a passar mal e precisam de ser respeitados, precisam de soluções nas dificuldades estão a ter e não de novelas que não acrescentam nada à mesa dos portugueses", concluiu.
MSO //
Lusa/Fim
Comentários