A obra, apoiada em cerca de 160 mil euros pela cooperação norte-americana, apresenta-se como um espaço com condições modernas para "cientistas moçambicanos e internacionais conduzirem pesquisas arqueológicas".

O centro servirá ainda como local de exibição para descobertas e resultados das pesquisas efetuadas junto àquela que foi a primeira capital de Moçambique sob domínio colonial português e que em 1991 foi declarada Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A principal investigação arqueológica em curso na ilha intitula-se Slave Wreck Project, "dedicada ao passado da Ilha de Moçambique como um centro de comércio de escravos africanos".

O trabalho tenta localizar e preservar os restos de navios de escravos que afundaram perto da ilha, alguns dos quais estão a partir de agora em exibição.

"Preservar e partilhar esta história permitirá aos americanos reconectarem-se com o seu passado, através do turismo de património, a Moçambique. À medida que mais e mais americanos são atraídos para as costas da ilha, a indústria turística contribuirá para a estabilidade económica do país", acrescenta.

Os investimentos na produção de gás natural ao largo da costa moçambicana, liderados por empresas dos EUA, são um dos principais fatores de atração de mão-de-obra estrangeira.

O novo centro de arqueologia resulta da parceria entre o governo moçambicano, a missão dos EUA no país, a Universidade de Eduardo Mondlane, a George Washington University nos EUA e o Smithsonian Institution.

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