De acordo com a informação mais recente, relativa a domingo, estavam recenseados cerca de seis milhões de eleitores de uma previsão total de 7,6 milhões nos 53 municípios onde decorre o registo.
O Centro de Integridade Pública (CIP), organização da sociedade civil moçambicana que, entre outros projetos, acompanha os processos eleitorais no pais, referiu em comunicado que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) "pode atingir 90% de potenciais eleitores recenseados, mas somente porque cortou as metas de total de eleitores a registar por três vezes".
A meta inicial, no arranque da operação de recenseamento, a 19 de março, era de 8,5 milhões de eleitores e baixou para 7,6 milhões.
"Da meta inicial para a atual, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) cortou mais de 900 mil eleitores, uma redução equivalente a 10,5% do universo inicial, o que está muito acima das margens de erro admissíveis em censos", refere o CIP.
O porta-voz do STAE, Cláudio Langa, disse à Agência de Informação de Moçambique (AIM), na quarta-feira, que as mudanças têm origem na atualização de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que ainda está a trabalhar nos dados brutos do último censo populacional, realizado em agosto de 2017.
Ainda de acordo com aquele organismo, o recenseamento é válido para todo o ciclo eleitoral, que começa em outubro e termina com as eleições gerais em 2019, mas será necessário um recenseamento de atualização para os eleitores que completam 18 anos no próximo ano.
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