O peso dos mais jovens nos novos contratos subiu a partir de agosto, mês em que entrou em vigor chamado IMT Jovem, e tem-se mantido em valores mais elevados do que o observado nos primeiros sete meses de 2024, de acordo com a informação facultada pelo BdP, em resposta à Lusa.
Assim, enquanto entre janeiro e julho as pessoas até aos 35 anos responderam, em média, por 36% dos montantes dos empréstimos para a compra de habitação, entre agosto e novembro o peso médio dos mutuários nesta faixa etária avançou 12 pontos percentuais para 48%.
Em termos mensais, o peso dos mais novos foi de 50% nos montantes de novos créditos concedidos em agosto; de 46% no valor concedido em setembro e de 48% em cada um dos dois meses seguintes, não havendo ainda informação disponível para último mês de 2024.
A explicar esta subida está o IMT Jovem que isenta (total ou parcialmente) as pessoas até aos 35 anos do pagamento deste imposto e do Imposto do Selo na compra da primeira habitação própria e permanente.
Em 2024, a isenção era total para imóveis até 316.772 euros (4.º escalão do imposto) e parcial entre este valor e os 633.453 euros (parcela em que se aplica a taxa de 8% correspondente a este escalão). Com o Orçamento do Estado para 2025, estes valores foram atualizados para, pela mesma ordem, 324.058 (isenção total) e entre 324.058 até 648.022 euros (isenção parcial).
De acordo com dados divulgados hoje pelo BdP, o montante dos novos contratos de crédito à habitação recuou 10 milhões de euros em novembro, para 1.667 milhões.
"Este valor é o segundo mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014", refere o Banco de Portugal.
LT (PD) // EA
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