Paulo Pereira falou durante último painel do primeiro dia do Odivelas Sports Summit, conferência organizada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e pela autarquia do distrito de Lisboa, e não hesitou em assumir uma fasquia que o próprio considerou "ambiciosa".

"O nosso objetivo é ganhar uma medalha no Mundial. Se formos realistas, não nos mexemos, por isso temos de ser ambiciosos", disparou o técnico que conduziu a seleção ao sexto lugar no Europeu deste ano.

O selecionador partilhava o painel com os homólogos do hóquei em patins e do voleibol e arrancou rasgados elogios de Renato Garrido, técnico que no ano reconduziu a seleção lusa de hóquei em patins ao título mundial ao fim de 16 anos.

"É por isso que simpatizo com o Paulo [Pereira], por esta forma de encarar uma realidade que sei bem que é diferente da minha. Isto é transmitir aos atletas ambição e querer. É isto que admiro nos treinadores portugueses, esta bravura. Porque havemos de ser menos do que os outros? Realistas, sim, mas porquê menos?", interrompeu Renato Garrido.

Portugal garantiu a presença no Mundial de andebol de 2021, 18 anos depois de ter sido anfitrião da edição de 2003, ao beneficiar do sexto lugar alcançado no Europeu de 2020 e depois de a federação europeia ter anulado o 'play-off' previsto para julho, devido à pandemia de covid-19.

Com base na classificação final do Europeu de 2020, estão apuradas para a fase final do Mundial de 2021 as seleções da Eslovénia, Alemanha, Portugal, Suécia, Áustria, Hungria, Bielorrússia, Islândia, República Checa e França, que se juntam, no Egito, à campeã Dinamarca, à Espanha, Croácia e Noruega, já qualificadas.

SYL // NFO

Lusa/Fim