Contra Marrocos, entramos com tudo. 1-0 ainda nos primeiros vinte minutos, golo de João Mário, que recupera a titularidade. No início da segunda parte, Ronaldo faz o 2-0 de cabeça, após cruzamento de Raphael Guerreiro. Quatro pontos. Espanha vence Irão por 1-0.

Na terceira jornada da fase de grupos, Irão marca um golo de bola parada na primeira parte, após flagrante desatenção da defesa portuguesa, causando o pânico e pondo em cima da mesa a possibilidade de sermos eliminados do Mundial na fase de grupos, pelo Irão e, pior do que tudo, pelo Carlos Queiroz. 81’, Bernardo Silva fura e Ronaldo encosta, fazendo o quinto golo no Mundial (é o melhor marcador, Kane segue atrás com 4). Mantendo esse resultado, passamos com cinco pontos, em segundo lugar. 90’+1’, Manuel Fernandes remata de longe e faz o 2-1, num dos melhores golos do Mundial. Espanha volta a vencer 1-0, desta vez frente a Marrocos e Portugal passa em primeiro.

Nos oitavos-de-final, apanhamos a Rússia, anfitriã. Começamos a perder com auto-golo de Fonte aos 16’, na sequência de uma tentativa de corta a um cruzamento de Cheryshev. Aos 60’, Ronaldo empata de peáalti, cometido sobre ele próprio, assinalado após intervenção do VAR. Aos 83’, Guedes, após passe de Bruno Fernandes, remata cruzado da direita e faz o 2-1 final. Seguimos para os quartos.

Nos quartos, um duelo há muito esperado em fases finais de Mundiais. Portugal-Argentina, as equipas comandadas por Ronaldo e Messi. Início do jogo muito complicado para Portugal, com a Argentina e a sua superlativa qualidade atacante a sufocar a experiente, mas não tão rápida, defesa portuguesa. Contra a corrente do jogo, num contra-ataque velocíssimo conduzido por Bernardo Silva, Guedes, que recupera a titularidade neste jogo, faz o 1-0 isolado frente a Caballero. Mas a Argentina responde e faz o 1-1 poucos minutos a seguir, através de um livre direto de Messi. Antes do fim da primeira parte, 1-2 por Sálvio e 1-3 por Otamendi, este na sequência de um livre lateral. O cenário não parece agradável. Segunda-parte, entra Quaresma. Cruza para Ronaldo que faz o 2-3 de cabeça, aos 73’. E é o próprio Quaresma que faz o golo do empate, aos 89’, numa trivela a fazer lembrar os velhos tempos no Porto. 3-3, segue para prolongamento. Mas a equipa portuguesa acusa o cansaço. Aos 98’, a Argentina chega ao 3-4 através de Higuaín, após cruzamento de Pavón. Troca-se de campo e a seleção sul-americana segue na frente. Porém, aos 109’, Pepe empata na sequência de um canto! Jogo frenético em Sochi! 4-4. Tudo aponta que será definido nas grandes penalidades, até que um jogador insuspeito altera tudo. 118’ - canto para Portugal, a defesa argentina alivia e Cédric Soares, recolhe a bola e do meio do meio campo, BAM, remata em força para dentro da baliza. 5-4. Inacreditável. Avançamos para as meias.

O adversário é a Bélgica, equipa plena de talento mas que tarda em afirmar-se em fases finais. Há uma grande expetativa dos dois lados. Portugal começa bem o jogo, a cair em cima dos belgas e com Bernardo Silva a atirar ao poste aos 9’. Mas, aos 28’, o jogo muda por completo, em virtude da expulsão de Bruno Fernandes, após entrada totalmente desnecessária sobre Witsel (embora o árbitro Damir Skomina possa ter sido demasiado zeloso). Portugal tem pelo menos uma hora de jogo pela frente e conta com apenas dez jogadores. Agora é a Bélgica que assume o jogo, surgindo diversas vezes em zonas de finalização, mas esbarrando com a melhor noite de Patrício neste Mundial. Remates de Hazard, Lukaku (2), Mertens e Carrasco encontram um guarda-redes felino e sempre atento. O tempo regulamentar termina com um zero-zero. Prolongamento, Portugal encontra uma nova energia alcançada através de três orações ao Deus Éder, rezadas no túnel de acesso. Aguenta a organização defensiva e chega ao golo aos 104’, por Ronaldo! Contra-ataque, Bernardo mete a bola em Gelson, Gelson bate Alderweireld na velocidade e cruza para Ronaldo, que bate Courtuois com facilidade. 1-0, a jogar com menos um! Fantástico. Mas a festa logo acalma: no retomar da partida, aos 109’, Batshuayi empata o jogo. A Bélgica continua a pressionar, Portugal não cede e é hora de penáltis. Os três primeiros penaltis para cada lado entram. Depois, Gelson manda ao poste, é o primeiro a falhar. A seguir, o remate de Thorgan Hazard é defendido eximiamente por Patrício. Raphael faz golo. Por fim, De Bruyne vê também o seu remate ser defendido pelo novo guarda-redes do Wolverhampton. Histórico: estamos na final do Mundial.

Pela primeira vez na Final de um Mundial. 80 mil pessoas apresentam-se no Estádio Luzhniki para assistir a este confronto em português. Portugal não conta com Bruno Fernandes, expulso na meia-final contra a Bélgica. Brasil na máxima força. Começa a partida e, como seria de esperar, o Brasil toma as rédeas do jogo, pressionando muito os comandados de Fernando Santos. Coutinho endossa uma bola ao poste aos 13’ e Neymar só não faz o primeiro porque a mancha de Rui Patrício não deixou, aos 19’. Mas Portugal tenta sair no contra-ataque e consegue-o, com eficácia, aos 31’. João Mário conduz a bola, abre para Guedes, que remata para defesa incompleta de Allisson e Ronaldo encosta. 0-1. Segue-se mais aperto da canarinha, mais um remate ao ferro, desta vez de Gabriel Jesus e à trave - a dois minutos do intervalo. Na segunda-parte, mais do mesmo. Brasil em cima e Portugal na retranca. Firmino e Willian rematam muito perto, aos 49’ e aos 54’. O Brasil sufoca a equipa das quinas até ao fim. Aos 90’, Portugal, já com três centrais, vive momentos dramáticos. Neymar combina com Marcelo, que irrompe pela área, tenta contornar Rui Patrício, que o derruba. Penálti e vermelho para o guarda-redes dos Marrazes. Portugal, já com as três substituições realizadas, é obrigado a pôr Ronaldo na baliza. Neymar corre para a bola, Ronaldo atira-se para a sua direita e defende com a ponta dos dedos. O Brasil desperdiça o penálti. Bjorn Kuipers apita para o fim do jogo.

Somos campeões do Mundo.