A calamidade dos incêndios

Alexandra Antunes
Alexandra Antunes

A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 6 em Garrocho, no concelho da Covilhã (Castelo Branco), e foi dado como dominado no dia 13. Logo de seguida, no dia 15,  sofreu uma reativação e foi considerado novamente dominado no dia 17 à noite.

As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco. Feitas as contas, os estragos são muitos.

Por isso, após uma reunião conjunta, na quinta-feira passada, os municípios abrangidos pelo Parque Natural da Serra da Estrela exigiram que seja decretado "estado de calamidade” e apoios imediatos para colmatar prejuízos de "centenas de milhões de euros".

A resposta por parte do Governo surgiu hoje à tarde, depois de um reunião com os autarcas de Manteigas, Celorico da Beira, Covilhã, Guarda, Gouveia, Seia e Belmonte, onde se pretendeu “avaliar as necessidades e respostas integradas para estes concelhos” na sequência do incêndio.

Assim, sabe-se já que o Conselho de Ministros vai decretar o estado de calamidade, que “dará condições para que todos, Estado e autarquias, possam responder às necessidades” do território ardido.

“Aquilo que procurámos trazer a este conjunto de municípios foi a garantia de que, em várias fases, procuraremos resolver todos os problemas que nos têm sido colocados”, assumiu a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

  • 1.ª fase: Já está no terreno e refere-se a apoios à alimentação animal, recuperação e retirada de madeira queimada que coloque perigo iminente e de apoio social;
  • 2.ª fase: Segue-se o levantamento, nos próximos 15 dias, de “todos os danos e prejuízos” do incêndio;
  • 3.ª fase: “A partir daí o Governo aprovará este conjunto de medidas ao abrigo do estado de calamidade, para podermos responder o melhor e o mais urgentemente possível a estes territórios”.

Logo de seguida a serem conhecidas estas novidades quanto à Serra da Estrela, Ourém veio lembrar que também tem sido um município atingido pelo fogo.

“Acabei de ouvir decretar o estado de calamidade na serra da Estrela. Espero que o tratamento seja idêntico para o concelho de Ourém, onde temos prejuízos incalculáveis, sobretudo na agricultura e na floresta. Os prejuízos são avultadíssimos”, reforçou o autarca Luís Albuquerque.

Os incêndios deste verão já destruíram seis mil hectares, acrescentou, ao lembrar que 70% do concelho é constituído por floresta — que está novamente a arder, já que foi registada esta tarde uma reativação do incêndio, que levou mais de 200 bombeiros ao terreno.

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