Cinco transportadoras vão dar entrada esta quarta-feira com uma providência cautelar a pedir a ilegalidade do pré-aviso de greve dos motoristas, disse o advogado Carlos Barroso à Lusa, do escritório que representa essas empresas.
Os CTT "têm preparado um plano de contingência interno" para assegurar a atividade de distribuição postal caso avance a greve dos motoristas na próxima segunda-feira, disse hoje à Lusa fonte oficial dos Correios de Portugal.
O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) entregaram, em 15 de julho, um pré-aviso de greve, com início em 12 de agosto e por tempo indeterminado.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse hoje que a greve ainda pode ser desconvocada até dia 12 de agosto e que se os sindicatos “não querem efetivamente a greve” devem recorrer ao mecanismo de mediação.
O ministro da Administração Interna revelou hoje que “há reservas de combustível acumulados para mais de dois meses” e que está a ser preparado o planeamento para salvaguardar o abastecimento, em caso de greve dos motoristas.
O porta-voz da ANTRAM saudou na segunda-feira a possibilidade de o Governo acionar um mecanismo para travar a greve dos motoristas, mas garantiu não ceder à “chantagem” dos sindicatos para apresentação de uma contraproposta até sexta-feira.
O Ministério das Infraestruturas propôs hoje aos sindicatos representativos dos motoristas a possibilidade de ser desencadeado “um mecanismo legal de mediação”, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada.
A greve dos motoristas mantém-se em cima da mesa pelo menos até sexta-feira, prazo-limite que os sindicatos deram à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) para apresentar uma proposta que será votada pelos trabalhadores, foi hoje anunciado.
A administração da Transtejo e Soflusa informou hoje que os tanques de combustível das empresas apenas asseguram o transporte fluvial por cinco dias, mas dispõe de um plano de contingência caso a greve dos motoristas se concretize.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) considerou, numa carta ao Presidente da República, que “as recentes declarações de alguns titulares de cargos políticos” sobre a lei da greve “não podem deixar de causar estranheza e preocupação”.
A Portugal Fresh, associação para a promoção das frutas, legumes e flores, estimou hoje um prejuízo diário direto de 21 milhões de euros com a greve dos motoristas a partir de 12 de agosto e por tempo indeterminado.
O presidente da Associação dos Industriais de Tomate garantiu hoje à Lusa que a greve dos motoristas pode provocar ao setor prejuízos diários de quatro milhões de euros e pôr em causa quatro mil postos de trabalho.
A Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA) prevê que a greve dos motoristas provoque quatro milhões de euros de prejuízo diário, caso o setor não seja integrado, com prioridade, nos serviços mínimos, foi hoje anunciado.