O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas assegurou que a greve que arrancou hoje se vai prolongar até que a Antram apresente uma "proposta razoável” e reiterou que só serão cumpridas oito horas de trabalho diário.
A greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias começou esta segunda-feira, dia 12. Resumimos aqui os principais destaques desta paralisação, ponto por ponto, e em permanente atualização.
O primeiro-ministro, António Costa, advertiu hoje que as forças de segurança foram instruídas para assegurar o “devido sancionamento” em caso de incumprimento de uma eventual requisição civil, apelando para que impere o “bom senso”.
O Sindicato dos Inspetores do Trabalho denunciou hoje que os recursos materiais disponibilizados e a formação que lhes é ministrada em matéria de transportes rodoviários "é escassa" e não permite à ACT desenvolver o seu trabalho eficazmente.
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP-PSP) acusou hoje o primeiro-ministro de manter “postura de arrogância política” a propósito da utilização de polícias e militares na condução de veículos pesados de transporte de matérias perigosas.
O centro de coordenação operacional da Proteção Civil está desde hoje a avaliar duas vezes ao dia as necessidades de resposta para o planeamento civil de emergência, face à greve dos motoristas, disse o ministro da Administração Interna.
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o Governo fará uma avaliação logo às primeiras horas da manhã de segunda-feira sobre o cumprimento dos serviços mínimos decretados para a greve dos motoristas, admitindo aprovar a requisição civil.
A menos de 24 horas do início da greve dos motoristas a situação no Algarve está normalizada, com a maioria dos postos de abastecimento sem rutura de combustível ou filas de automobilistas.
O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas justifica a falta da identificação dos trabalhadores para cumprir os serviços mínimos com o facto de a Antram estar a enviar as escalas de trabalho diretamente aos profissionais.
A Associação de Transportadores de Mercadorias acusa os sindicatos de não cumprirem o prazo de envio dos trabalhadores para as escalas de serviços mínimos.
As bombas de gasolina da cidade de Coimbra não tinham qualquer fila e muitas encontravam-se praticamente sem carros ao final do dia de hoje, após ter sido decidido pelos sindicatos dos motoristas manter a greve com início na segunda-feira.
O primeiro-ministro desloca-se no domingo à Entidade Nacional para o Setor Energético e reúne-se com o Gabinete Coordenador de Segurança, visando avaliar os preparativos de resposta à greve dos motoristas, disse hoje à Lusa fonte do seu gabinete.
Os sindicatos de motoristas que entregaram um pré-aviso de greve decidiram hoje manter a paralisação, com início na segunda-feira, num dia que ficou também marcado por uma reunião de emergência convocada pelo primeiro-ministro.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) garantiu que a situação nos postos de abastecimento "não é dramática e muito menos de alarme", e notou que o não cancelamento da greve dos motoristas era já uma "possibilidade".
O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros (ANTROP) assegurou hoje à Lusa que, se os motoristas cumprirem os serviços mínimos durante a greve, o transporte público “essencial” será garantido.
O ministro da Administração Interna garantiu hoje, no âmbito da greve dos motoristas, que a rede de emergência, com 52 postos de abastecimento exclusivos e 320 não exclusivos, “permitirá responder às funções prioritárias do Estado”.
Os representantes dos dois sindicatos que convocaram a greve dos motoristas confirmaram hoje que avançam com a greve a partir de segunda-feira, mas admitiram que, até ao início da greve, a situação ainda se pode alterar.
A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) defendeu hoje que a greve dos motoristas é uma “vitória estrondosa” para os representantes sindicais, mas é “uma derrota brutal” para todos os trabalhadores sindicalizados.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) decidiram hoje manter a greve com início na segunda-feira, por tempo indeterminado, após a realização de um plenário conjunto.
O presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento, disse hoje à entrada para um plenário com os associados, em Aveiras, que “neste momento” lhe parece “muito pouco provável que haja um levantamento da greve”.
Um porta-voz do Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias, garantiu esta manhã, após plenário, que foi aprovada por unanimidade a “manutenção da greve”.
A GNR e a PSP estão autorizadas a usar câmaras de vídeo portáteis durante a greve de motoristas de mercadorias de matérias perigosas, “com vista à proteção e segurança de pessoas e bens”.
Os veículos de pronto-socorro foram considerados pelo Governo como prioritários no abastecimento de combustível durante a greve dos motoristas, revelou hoje a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), que pede que a medida tenha caráter definitivo.