A direita tem uma origem latina muito directa. Já a esquerda esconde algumas surpresas. Nesta viagem pelas palavras, vamos da nossa língua ao Velho Oeste, passando pelos Pirenéus.
Peço ao leitor que imagine uma verdadeira catástrofe linguística em Portugal: o português é ainda a língua mais falada no país, mas há outro idioma a invadir as conversas.
Já que têm ocupado parte da nossa atenção por estes dias e agora não podemos viajar mesmo a sério, lembrei-me de olhar para as palavras «luva» e «máscara» e partir de viagem ao passado.
Na semana passada, comecei a volta a casa pelas letras do alfabeto. Esta semana começamos no F e terminamos no J — e saímos de casa durante uns minutos.
A palavra «vírus», que infectou as nossas notícias e as nossas preocupações de há umas semanas para cá, tem uma história curiosa: vem do velhinho latim, mas, para chegar à língua portuguesa, passou pela cabeça dum holandês.
Hoje apetece-me brincar um pouco com a língua (salvo seja). Penso nas palavras pequenas, daquelas simples, com duas letras, mas não todas: apenas as que terminam com a letra «a»… Vamos lá então viajar pela ordem alfabética.
O Natal é a época da família e da concórdia, mas também das grandes discussões à volta da mesa, quando as famílias têm a oportunidade de debater as grandes questões da Humanidade: o Brexit, a Impugnação de Trump — e se devemos dizer «vermelho» ou «encarnado»...
Uma língua é feita de palavras bonitas, palavras úteis, palavras irritantes, palavras que deliciam, palavras que não servem para nada, palavras feias como tudo. Pois, hoje, apetece-me falar destas últimas.
Aposto que haverá um tema dominante das festas de fim de ano daqui a umas semanas: os Anos 20 (do século passado)! Mas será que os Anos 20 (deste século) começam já?
Deixo-me ficar a ver televisão num domingo de manhã e, por causa duma série norte-americana, lembro-me duma bandeira espanhola com símbolos portugueses. (As nossas cabeças são máquinas complicadas.)
Às vezes, apetece ir passar os dias a outro lugar qualquer — nem que seja para escapar às delícias do Carnaval. Assim fizemos, sem saber a surpresa asquerosa que nos esperava...
Não, as notícias falsas não são coisa nova só porque agora temos uma expressão inglesa para as designar. Aliás, diria mesmo que a ideia de que as notícias falsas são típicas do nosso tempo é, enfim, uma notícia falsa... Há quanto tempo não andam por aí os boatos, os mitos, as balelas, as tretas em g
Todos sabemos que os espanhóis não são muito dados a ouvir línguas estrangeiras: não só dobram tudo o que lhes aparece à frente, como têm uma estranhíssima inclinação para ouvir muita música espanhola.
Estive esta semana em Nova Iorque. As razões prendem-se com a língua portuguesa, veja lá bem o leitor. Mas isso agora não interessa. O que interessa é o que aconteceu por lá...
Às vezes, as viagens mais interessantes acontecem-nos mesmo à porta de casa. Pois imagine o leitor que fui dar um passeio à beira-Tejo e sem sair de Lisboa vi-me transportado para debates furiosos na Nova Iorque dos Anos 90. Tudo por causa duma rainha portuguesa.
Hoje já não está na moda falar da Crise. E, no entanto, para lá das crises das notícias ou dos livros de História, há outras crises bem palpáveis e que nunca desaparecem.