O candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou hoje as autoridades moçambicanas de "uma espécie de genocídio silencioso" na repressão à contestação dos resultados das eleições gerais, mas manifestou-se disponível para o diálogo e para negociar.
Pelo menos 18 tribunais foram vandalizados durante protestos pós-eleitorais, disse hoje o presidente do Tribunal Supremo (TS), Adelino Muchanga, alertando para a perda de processos.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique marcou para 13 de janeiro a investidura dos deputados à Assembleia da República eleitos nas eleições gerais de 09 de outubro.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane considerou hoje que a tomada de posse "madrugadora" dos deputados do partido Podemos será um desrespeito à memória das pessoas que morreram nas manifestações de contestação aos resultados eleitorais.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou hoje o regresso a Moçambique em 09 de janeiro, mais de dois meses depois de deixar o país, alegando que "não precisam de o perseguir mais".
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje que há condições para "manter a paz" e a reconciliação em 2025, depois de mais de dois meses de violência pós-eleitoral que provocou quase 300 mortos e elevada destruição.
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane acusou o presidente do Podemos, que apoiou a sua candidatura, de violar o acordo pré-eleitoral entre ambos, ao admitir a posse dos deputados eleitos pelo partido, até agora sem representação parlamentar.
O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, estima que mais de 40% das infraestruturas daquela força policial foram destruídas ou parcialmente vandalizadas nas manifestações pós-eleitorais desde 21 de outubro
O partido moçambicano Podemos reagiu hoje com "surpresa" às declarações do assessor do candidato presidencial Venâncio Mondlane, que classificou a tomada de posse dos seus deputados como traição, e garantiu que a força política está a auscultar a população.
Pelo menos 322 reclusos, do total de 1.534 que fugiram, há uma semana, após rebeliões em duas cadeias em Maputo, foram recapturados, anunciou o Serviço Nacional Penitenciário de Moçambique (Sernap).
Quase mil moçambicanos pediram asilo no Reino de Essuatíni nos últimos dois meses devido à crise pós-eleitoral em Moçambique, avançaram as autoridades daquele país que faz fronteira com Maputo.
Pelo menos 175 pessoas morreram na última semana de manifestações pós-eleitorais em Moçambique, elevando para 277 o total de óbitos desde 21 de outubro, e 586 baleados, segundo novo balanço feito pela plataforma eleitoral Decide.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane, que lidera a maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique desde as primeiras eleições no país (1994), sugeriu hoje uma alteração à bandeira moçambicana e a revisão da Constituição.
Pelo menos 280 reclusos foram recapturados, de um total 1.534 que fugiram de estabelecimentos penitenciários de Maputo, capital moçambicana, e foi criada uma comissão de inquérito para investigar o caso, anunciou hoje o vice-ministro da Justiça de Moçambique.
São vizinhos, juntam-se antes da meia-noite, às dezenas, de coletes refletores, em grupos espontâneos e vigiam pela madrugada as ruas de Maputo, tentando dar segurança a quem fica em casa, num ambiente constante de tensão.
Pelo menos 77 viaturas da saúde foram destruídas desde o início das manifestações pós-eleitorais, disse hoje o Governo moçambicano, que estimou em 14,3 milhões de euros artigos médicos perdidos com a destruição do centro de abastecimento de medicamentos.
O secretário-geral da Frelimo e candidato presidencial declarado vencedor pelo Conselho Constitucional moçambicano, Daniel Chapo, lamentou hoje as mortes durante confrontos com a polícia em contestação dos resultados eleitorais, alertando para "desemprego e miséria" face ao vandalismo e destruições.
Pelo menos 134 pessoas morreram desde segunda-feira nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique, elevando a 261 o total de óbitos desde 21 de outubro, e 573 baleados, segundo novo balanço feito hoje pela plataforma eleitoral Decide.
Pelo menos 21 pessoas morreram e outras 116 ficaram feridas desde segunda-feira nas manifestações de contestação aos resultados das eleições moçambicanas, anunciou o Hospital Central de Nampula (HCN), o maior do norte do país.
Pelo menos 252 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, metade das quais apenas desde o anúncio dos resultados finais, na segunda-feira, segundo novo balanço feito hoje pela plataforma eleitoral Decide.
O Bloco Democrático (BD), oposição angolana, lamentou hoje a "posição imediata" do Governo português sobre a decisão do Conselho Constitucional de Moçambique (CC) e desafiou o executivo angolano a "abster-se" de seguir o mesmo caminho.
Vários armazéns e lojas na periferia de Maputo estão a ser vandalizados e saqueados desde terça-feira, na sequência da agitação social após o anúncio dos resultados das eleições moçambicanas, com centenas de pessoas a carregarem tudo o que conseguem.
Pelo menos 56 pessoas morreram em Moçambique desde segunda-feira, na sequência da contestação aos resultados das eleições gerais moçambicanas, e 152 foram baleadas, segundo balanço feito hoje pela plataforma eleitoral Decide.
Pelo menos 18 pessoas morreram na Beira e 81 foram baleadas desde segunda-feira nas manifestações de contestação aos resultados das eleições gerais moçambicanas, segundo o balanço feito hoje pelo hospital local, no centro do país.