As forças armadas birmanesas praticaram "sistematicamente" violações coletivas a mulheres rohingyas, afirmou este domingo, 12 de novembro, uma representante especial da ONU que reuniu depoimentos no Bangladesh, onde se refugiaram centenas de milhares de membros desta minoria muçulmana.
A líder do Governo birmanês, Aung San Suu Kyi, alertou hoje que a pressão que a ONU tem exercido devido à crise dos rohingyas pode revelar-se "prejudicial" ao regresso de centenas de milhares de refugiados muçulmanos do Bangladesh.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pediu na quinta-feira ao chefe do exército birmanês para ajudar a acabar com a violência contra os membros da minoria muçulmana dos rohingyas, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado.
A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que as forças de segurança da Birmânia mataram centenas de pessoas numa campanha sistemática para expulsar os muçulmanos rohingyas, e pediu um embargo de armas ao país.
Pelo menos 12 pessoas morreram e dezenas encontram-se desaparecidas após o naufrágio, no domingo, de um barco que transportava rohingya em fuga da Birmânia, anunciou a guarda costeira do Bangladesh.
O número de refugiados rohingya que entraram no Bangladesh desde o dia 25 de agosto para fugir dos conflitos na Birmânia aumentou hoje para 509 mil, mais 2.000 do que os registados há dois dias, anunciou a ONU.
O número de refugiados rohingya que entraram no Bangladesh atingiu hoje meio milhão, anunciou a ONU, no dia em que as autoridades da Birmânia adiaram a primeira visita de representantes das Nações Unidas ao norte do estado de Rakhine.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) manifestou na quarta-feira preocupação com um ataque contra rohingya muçulmanos no Sri Lanka, onde líderes governamentais pediram uma resposta legal severa contra os atacantes, que incluíam monges budistas.
O diretor da agência de migrações da ONU alertou para o aumento de relatos de violência sexual contra a minoria muçulmana rohingya, em fuga em massa da Birmânia nas últimas semanas.
Cerca de 480 mil refugiados rohingyas passaram para o Bangladesh, desde 25 de agosto, para fugir da violência no oeste da Birmânia, de acordo com uma nova estimativa das Nações Unidas.
O embaixador da Birmânia (atual Myanmar) na ONU afirmou que não há qualquer "limpeza étnica" ou genocídio a decorrer contra os muçulmanos, opondo-se "nos termos mais fortes" aos países que usaram essas palavras para descrever a situação no estado de Rakhine.
Ao mesmo tempo que surge a acusação internacional de que as forças militares da Birmânia, atual Mianmar, estão a efetuar uma "limpeza étnica" da minoria Rohingya, o Facebook designou o grupo como "organização perigosa" e procede à eliminação de qualquer conteúdo com ele relacionado.
Mais de 400 mil muçulmanos de etnia 'rohingya' fugiram da Birmânia para o vizinho Bangladesh desde o dia 25 de agosto, mas o número de refugiados poderá duplicar nas próximas semanas, informou hoje a ONU.
A Índia reforçou a fronteira com a Birmânia para impedir a entrada no país de membros da minoria muçulmana rohingya, face ao êxodo que já levou cerca de 400.000 membros desta etnia para o Bangladesh, referiram fontes oficiais.
O novo ministro do Estado de Timor-Leste, José Ramos-Horta, considerou que a líder da Birmânia, (Myanmar) Aung San Suu Kyi, está "entre a espada e a parede" na questão dos direitos da minoria muçulmana rohingya.
O presidente da Comissão Europeia condenou a “catástrofe chocante” que atinge a minoria rohingya na Birmânia, pouco depois de o Parlamento Europeu ter ameaçado retirar o seu prémio de direitos humanos à dirigente Aung San Suu Kyi.
O Governo português manifestou “séria preocupação” com a “escalada de violência” na Birmânia (Myanmar), num comunicado em que nunca refere o povo rohingya, sobre o qual – segundo a ONU - está a ser exercida a violência.
O Partido Verde da Austrália informou esta segunda-feira que pediu ao primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, para acolher 20 mil refugiados rohingya e destinar o equivalente a 100 milhões de euros ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).