O projeto do microssatélite é apresentado e assinado hoje nos AED Days, evento que se realiza até quinta-feira no Tagus Park, em Oeiras (Lisboa), numa iniciativa do AED Cluster, o cluster português para as indústrias Aeronáutica, do Espaço e da Defesa, sendo que o grupo ISQ será o responsável por “toda a área de testes a peças e produto final”, refere o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) em comunicado.
Trata-se da construção de um satélite de nova geração que envolve um investimento de mais de nove milhões de euros para três anos, sendo que o “Projeto Infante” já foi aprovado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) para ser cofinanciado pelos fundos estruturais da União Europeia.
O projeto é uma iniciativa de várias empresas e entidades portuguesas e é cofinanciado por fundos comunitários, sendo que este satélite será o precursor de outros satélites a lançar até 2025 para observação da Terra e comunicações com foco em aplicações marítimas.
Segundo o presidente do ISQ, Pedro Matias, o Satélite “Infante” “que, segundo os coordenadores do consórcio é expectável que seja lançado até final de 2020, é o primeiro satélite português totalmente desenvolvido e construído no país”.
E prosseguiu, citado em comunicado: “É uma área que conheço bem, pois já há alguns anos tinha acompanhado o processo do PoSAT (1993), do professor Carvalho Rodrigues do então INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), que embora construído por empresas e laboratórios portugueses, era essencialmente um projeto de transferência de tecnologia”.
Este satélite será o primeiro de uma futura ‘constelação’ de 12 satélites idênticos que serão construídos e lançados nos anos seguintes.
O consórcio envolvido neste projeto é constituído por nove empresas da área do espaço, entre as quais a Tekever, Active Space Technologies, Omnidea, Active Aerogels, GMV, HPS e a Spin Works, além de dez centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de diversas universidades e laboratórios de investigação de todo o país que trabalham em espaço.
O ISQ há vários anos que aposta na área da aeronáutica e do espaço e “os resultados estão a aparecer”, disse Pedro Matias, referindo que o instituto “é uma referência” nesta área, cabendo-lhe a responsabilidade de toda a área de testes das peças e do produto final.
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