Da equipa, cujos resultados da observação foram publicados na revista científica Astronomy and Astrophysics, fazem parte os especialistas em instrumentação para astrofísica António Amorim e Paulo Gordo (Universidade de Lisboa) e Paulo Garcia (Universidade do Porto).

A interferometria ótica é uma técnica que permite aos astrónomos criarem um 'supertelescópio' ótico, ao combinarem telescópios mais pequenos, e observarem um planeta diretamente e não por intermédio do efeito gravítico que exerce sobre a estrela-hospedeira (método de deteção indireto).

Na observação do planeta extrassolar em causa, o "HR8799e", localizado a cerca de 129 anos-luz da Terra, na constelação Pegasus, foi usado o instrumento de elevada resolução GRAVITY, que está montado no Interferómetro do Telescópio Muito Grande do OES.

Este instrumento resultou de uma colaboração de várias instituições europeias, incluindo o português CENTRA - Centro de Astrofísica e Gravitação do Instituto Superior Técnico, ao qual António Amorim, Paulo Gordo e Paulo Garcia estão associados.

O 'jovem' exoplaneta HR8799e, com uma idade estimada de 30 milhões de anos, foi descoberto em 2010 a orbitar a estrela HR8799.

A observação feita com o telescópio do OES, no Cerro Paranal, no Chile, permitiu aos investigadores obterem espetros de luz mais detalhados e medições mais precisas, que revelaram que a atmosfera do planeta contém nuvens de ferro e poeira de silicato, componentes que, combinados com o excesso de monóxido de carbono, sugerem que atmosfera está envolvida numa violenta tempestade.

O "HR8799e" é considerado um 'superjúpiter", um corpo com muito mais massa que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, que se terá formado há 4,5 mil milhões de anos. O planeta extrassolar é um mundo inóspito onde a temperatura à superfície rondará os 1.000 graus Celsius.

O Observatório Europeu do Sul é uma organização astronómica que tem Portugal como um dos países-membros.

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