A 13.ª edição do simpósio ‘2018 IEEE OES Autonomous Underwater Vehicle', que decorre pela primeira vez em Portugal, vai, de terça a quinta-feira, juntar na Reitoria da Universidade do Porto cerca de 200 especialistas na área de veículos submarinos autónomos, oriundos de 35 países.

Em declarações à Lusa, João Tasso, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) responsável pelo Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática da FEUP, explicou que o evento conta com 14 sessões onde vão ser abordados “tópicos muito relevantes para a área, como os softwares destes veículos, as suas aplicações, controlos e navegações”.

“Este evento é muito vocacionado para a tecnologia, mas basicamente, o objetivo dessa tecnologia é servir utilizações em oceanografia, biologia, segurança e defesa, algo que tem atraído algumas atenções”, afirmou.

Segundo o professor da FEUP, durante o evento vão decorrer também duas sessões plenárias e vão ser lançadas algumas tendências relativamente aos softwares, aos multiveículos e aos sistemas de navegação.

“Uma das principais tendências é tornar estes veículos mais autónomos, ou seja, com maior capacidade de tomar decisões sem a intervenção humana. Assim, quando se fala de multiveículos, pretende-se que eles operem sem intervenção humana e que possam coordenar a execução das missões entre eles”, salientou.

João Tasso sublinhou ainda o papel que estes veículos podem desempenhar em operações “que envolvem navios”, afirmando que estes equipamentos permitem ter “uma presença simultânea em áreas com dezenas de quilómetros quadrados, ao possibilitarem a visualização do que se passa nessas áreas em tempo real”.

Para o responsável pelo Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática da FEUP são ainda “várias as aplicações e utilizações” que estes veículos podem vir a ter.

“Em explorações petrolíferas, os veículos submarinos autónomos podem ser usados para efeitos de monitorização das instalações. A nível militar podem ser utilizados em guerras de minas, e até ao nível da segurança, podem ser utilizados para encontrar navios e embarcações afundadas”, disse.

O evento, que se realiza pela primeira vez em Portugal, conta ainda com uma ‘sala stand’, onde o Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática, mas também as instituições internacionais presentes, vão ter em exposição os seus projetos.

“A nossa universidade e o laboratório têm construído, ao longo dos anos, uma boa reputação e o facto deste encontro se realizar em Portugal, é reflexo disso”, acrescentou João Tasso.

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