A Drag&Print começou a ser pensada e desenvolvida em 2016, mas foi em setembro que o seu primeiro quiosque de impressão ‘self service' foi posto a funcionar, em Coimbra, onde a empresa, com cerca de um mês de funcionamento, conta com mais de 500 utilizadores nos quatro quiosques distribuídos junto aos estabelecimentos de ensino superior da cidade, disse à agência Lusa um dos fundadores da empresa, Richard Ferreira.

O pequeno quiosque amarelo com ecrã tátil permite a impressão através de uma ‘pen usb’ ou através de uma aplicação para ‘smartphone', em que o utilizador pode aceder aos seus documentos em qualquer sítio, deixá-los já prontos para impressão, e assim que chega junto de uma das máquinas, acede à sua conta e apenas tem de dar ordem de impressão selecionando os documentos, explicou, referindo que a máquina permite ainda fazer fotocópias ou digitalizações.

"Nas reprografias, há grandes filas de espera" e essa espera, muitas das vezes, não surge pelo tempo de impressão, mas pelo "tempo de preparação daquilo que se quer imprimir", sublinhou Richard Ferreira.

Com a Drag&Print, o utilizador "prepara tudo o que quer imprimir em casa ou na aula e depois chega ao quiosque e já tem lá todos os documentos que quer imprimir e é só mandar imprimir".

O público alvo da empresa na fase de lançamento são os estudantes - "as pessoas que mais imprimem e que mais têm esta necessidade de poder imprimir sem ter de ir a uma reprografia" -, realçou o membro da equipa.

Para além da vantagem de se poder aceder à ‘cloud' pessoal (por exemplo, Google Drive, Dropbox ou One Drive) ou aos documentos que tem no telemóvel, o utilizador pode ainda aceder através do quiosque a plataformas académicas, como o inforestudante, onde os professores disponibilizam informação e material das disciplinas, notou.

"A partir do momento em que sabem que existe uma coisa destas a primeira coisa que nos perguntam é: Porque é que só agora é que estamos a ter uma coisa destas?", contou Richard Ferreira, considerando que outra das vantagens do quiosque é poder ter um "horário alargado", dando o exemplo da máquina presente na Associação Académica de Coimbra, cujo edifício está aberto até às duas da manhã.

Segundo o cofundador da Drag&Print, os preços também são "competitivos", conseguindo praticar preços de dois a seis cêntimos por impressão, mediante o valor de carregamento feito pelo utilizador e não mediante o número de páginas imprimidas de uma só vez.

A candidatura à Web Summit foi feita quando a Drag&Print ainda nem tinha um quiosque a funcionar, em Coimbra.

Portanto, a notícia da participação no evento foi recebida "com enorme satisfação", sublinha André Carvalho, também cofundador da empresa.

A presença na Web Summit vem trazer perspetivas mais alargadas em relação ao futuro da empresa, com a possibilidade de poder contactar com um "leque de investidores muito alargado" no evento, sublinhou, explicando que já está previsto em 2018 expandir o negócio para o resto do país e estar no segundo semestre do próximo ano em Espanha.

"A Web Summit traz essa possibilidade de internacionalizar para Espanha, mas também para outros países. Esta é uma máquina que facilmente se integra em qualquer país", aclarou, considerando que a entrada de novos investidores pode ser importante para acelerar o processo de internacionalização.

"Assim que o projeto ficar mais maduro, as máquinas vão financiar essa internacionalização. Mas para sermos rápidos, precisamos de outros investidores", frisou André Carvalho.

A Web Summit vai decorrer pela segunda vez em Portugal, entre 6 a 9 de novembro, no Altice Arena, em Lisboa.

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