É a pergunta mais ouvida nas vésperas da terceira edição da Web Summit em Lisboa, cidade para a qual mudou a organização de um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo em 2016. Lisboa sucedeu assim a Dublin, a cidade de onde são oriundos os promotores da iniciativa, e em 2018 completa-se o ciclo de três edições previstas no acordo assinado pelo Governo de Pedro Passos Coelho mas cuja dinamização coube ao governo de António Costa. E será António Costa o rosto do acordo que amanhã deverá ser anunciado e que prevê a renovação do contrato que garante a Web Summit em Lisboa por mais cinco anos, extensíveis por outros cinco em que Portugal e a capital portuguesa mantém direito de preferência que poderá ou não exercer.

Esta manhã, a organização da Web Summit fez uma publicação na sua conta de Twitter a anunciar novidades para amanhã, dia 3 de outubro, altura em que deverá ser anunciado o novo acordo. A ilustrar a publicação a imagem de quatro cidades: Lisboa, Valência, Madrid e Berlim.

Existiam várias cidades na corrida ao lugar de anfitrião daquele que é um dos principais eventos de tecnologia na agenda internacional. Uma dessas cidades era Valência, em Espanha, que apresentou, a 4 de junho, a sua candidatura para acolher a Web Summit em 2019. A candidatura já estava a ser desenhada desde fevereiro e o anúncio oficial foi feito pelo presidente da Comunidade Valênciana, Ximo Puig, e pelo presidente da Câmara Municipal de Valência, Joan Ribó.

A Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda. O governo irlandês pagou 700 mil euros para ter a sede da Web Summit durante três anos em Dublin e Portugal investiu 3,9 milhões para a ter em Lisboa até 2018. O contrato vigente previa a possibilidade de extensão do contrato por mais dois anos.

A extensão por mais cinco e sobretudo a possibilidade de dez surge como uma novidade na negociação, eventualmente condicionada pelo facto de a proposta de Valência já prever esse período de tempo. Segundo noticiou o jornal espanhol Valencia Plaza, a candidatura da cidade previa já cinco anos de vigência prorrogáveis por mais cinco anos com uma dotação orçamental de cinco milhões de euros/ano, repartida entre governo local e central, num total de 50 milhões de euros se se completassem os dez anos.

Na segunda edição do evento em Portugal, em 2017, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas. Na edição de 2018 - que decorre de 5 a 8 de novembro -, são esperados cerca de 70.000 assistentes oriundos de 170 países de todo o mundo.

Contactado pelo SAPO24, o gabinete do Primeiro-Ministro não respondeu às questões enviadas até à hora de publicação deste artigo.