Até domingo, neste ciclo, com curadoria do realizador Diogo Varela Silva, sobrinho-neto de Amália, e autor de documentários sobre a sua irmã Celeste Rodrigues (1923-2018) e Beatriz da Conceição (1939-2015), é evidenciada a faceta artística de Amália como atriz.
Serão apresentados, sempre às 21:30, quatro filmes que “marcam diferentes épocas da carreira artística de Amália (1920-1999)”, segundo nota da organização.
Serão exibidos “Fado, História de uma Cantadeira (1947), de Perdigão Queiroga, o documentário “The Art Of Amália” (2000), de Bruno de Almeida, e ainda “Capas Negras” (1947), de Armando de Miranda e “As Ilhas Encantadas” (1965), de Carlos Vilardebó.
O desempenho de Amália no filme de Queiroga, como a fadista Ana Maria, valeu-lhe, em 1948, o Prémio do SNI (Secretariado Nacional de Informação) para a Melhor Atriz de Cinema. “As Ilhas Encantadas” foi dos filmes que Amália, em várias entrevistas, afirmou que mais gostou de ter participado.
O seu interesse pelo filme, baseado num romance de Herman Melville, levou-a a ajudar noutras tarefas além da interpretação, como a cenografia.
Após a exibição dos filmes, realiza-se uma conversa com convidados, são eles, o musicólogo Rui Vieira Nery, autor de “Para uma História do Fado”, o investigador Frederico Santiago, que tem trabalhado na Integral de Amália, o historiador Jorge Muchagato, autor de vários ensaios sobre a fadista, e a deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua.
Paralelamente, na sexta-feira e sábado próximos, no Jardim do Torel, decorre o festival “Cinema no Estendal”, de curtas metragens nacionais e estrangeiras, desde a ficção ao documentário, passando pela animação e telediscos, também a partir das 21:30.
Sobre este festival, a organização escreve no seu ‘site’ que promove “o acesso ao cinema português num espaço diferente, onde curtas metragens nacionais e internacionais são exibidas”, e remata: “o Cinema no Estendal celebra as escadas, os estendais, a vida de bairro, a arte e as cuecas da vizinha”.
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