Futuros incertos e regressos aguardados

É um dos eventos literários de 2021. Quatro anos depois de receber o Nobel da Literatura e seis após a publicação de “O Gigante Enterrado”, Kazuo Ishiguro regressou às publicações com “Klara e o Sol”. Já editado pela Gradiva — e traduzido por Maria de Fátima Carmo — o mais recente livro do escritor britânico projeta a sua narrativa num futuro distópico e tem como protagonista Klara, uma andróide habituada a somente analisar o comportamento dos humanos que entram na loja onde está à venda até passar a ser a companheira de Josie, uma menina de 14 anos. O facto de Josie estar gravemente doente serve para uma reflexão sobre o que é o amor, mesmo que partindo de uma máquina dotada de inteligência artificial.

Mantendo a toada em destinos poucos recomendáveis, a Relógio d'Água edita “A Polícia da Memória”, obra da escritora japonesa Yōko Ogawa publicada em 1994, mas apenas sujeita a traduções para o inglês em anos recentes, tendo, inclusive, sido finalista do Prémio Internacional Booker 2020. Tomando como inspiração clássicos como “1984” e “Fahrenheit 451”, a sua história é a de uma ilha onde objetos desaparecem e memórias desvanecem devido a uma força misteriosa. Os habitantes que não são por ela afetados são detidos pelas autoridades que dão nome à obra, sendo que a protagonista, uma jovem escritora, descobre que o seu editor é uma dessas pessoas e vai procurar salvá-lo.

Se estes dois livros apontam para o futuro, Emma Donoghue transporta-nos para o passado, com um tema mais pertinente do que nunca: uma pandemia. Quando a escritora irlandesa-canadiana centrou a trama de “A Dança das Estrelas” numa Dublin devastada pela Gripe Espanhola, não sabia como a sua história encontraria tantos paralelismos com o nosso tempo. A protagonista é Julia Power, uma enfermeira que luta numa ala sobrelotada e subfinanciada para impedir que as mulheres grávidas e infetadas ao seu cuidado pereçam pelo vírus. O livro de Donoghue — também conhecida por “O Quarto de Jack”, êxito afamado pela sua adaptação cinematográfica — já está disponível pela Porto Editora.

Outro retorno de menção é o de Marilynne Robinson, que com “Jack” regressa ao seu universo literário de Gilead, iniciado pelo romance do mesmo nome publicado em 2005 e que lhe valeu um prémio Pulitzer. A história mantém-se à volta da família Boughton, mas desta feita foca-se em John Ames Boughton, filho do pastor presbiteriano protagonista de outros romances da série, e da sua relação com Della Miles, servindo a narrativa de pretexto para uma exploração da história de tensões raciais dos EUA, assim como da relação do país com a fé religiosa.

Por fim, chegando finalmente a Portugal depois do sucesso arrebatador que a sua adaptação a série televisiva teve, "Gambito de Dama”, de Walter Tevis, é editado pela Suma de Letras, com data de lançamento para 23 de março. Originalmente publicado em 1983, o livro acompanha a vida de Beth Harmon, órfã que aprende a jogar xadrez na instituição onde foi instalada e que, com a obsessão que fomenta pelo jogo, vem a revelar-se um prodígio, procurando tornar-se grão-mestre.

Em português. Almoços e tornados em quarentena

Que a pandemia tem sido — e continuará a ser — tema de inspiração artística é um dado adquirido. Pela escrita de José Gardeazabal chega-nos mais um exemplo em “Quarentena - Uma História de Amor”. Mantendo um ritmo de produção assinalável — o seu celebrado “A Melhor Máquina Viva” foi publicado no início de 2020 — o autor escreveu “uma história de amor que renasce a quatro paredes”, como descreve a editora Companhia das Letras. No seu cerne está um casal prestes a separar-se, mas que, com a chegada da covid-19, é forçado a manter a coexistência no mesmo lar e tal força os dois a reavaliar a sua relação. Sai a 23 deste mês.

Falando em matérias de introspeção, José Luís Peixoto serve-se das memórias de uma figura bem conhecida de Portugal para o seu novo livro, “Almoço de Domingo”. Misto de romance e biografia, o escritor cria um relato ficcional da vida do empresário Rui Nabeiro sem nunca o mencionar pelo nome, descrevendo desde as suas origens humildes a contrabandear café junto à raia espanhola à sua consagração enquanto patriarca de uma família bem sucedida, recordando neste seu percurso também a história de Portugal. Sai pela Quetzal a 25, três dias antes de Nabeiro completar 90 anos.

Criado no ano passado pela Sociedade Portuguesa de Autores, o Prémio de Literatura Maria Velho da Costa foi concebido tanto para consagrar a vida da famosa escritora — falecida a maio de 2020 —, como para distinguir obras “primeiras, de ficção narrativa, inéditas e não publicadas”. O feliz contemplado inaugural foi “Tornado”, de Teresa Noronha, que será editado este mês pela Exclamação em data por confirmar, com a história baseada numa protagonista à procura do significado da morte de alguém que lhe era próximo.

Ainda no tema da perda, Manuel da Silva Ramos regressa às edições com “Ao Colo de Virgílio”, livro em que o protagonista, um sexagenário recém-enviuvado, procura um novo sentido na sua vida ao ajudar o próximo, crendo ser essa uma forma de redenção. Reflexão otimista sobre as possibilidades da bondade, este romance já está editado pela Parsifal, que tem sido casa do autor do célebre “Os Três Seios de Novélia”.

Em março falamos de Eça e de humor

A humorista Susana Romana é a convidada do próximo encontro do clube de leitura É Desta Que Leio Isto, no dia 25 de março, pelas 21h. O livro em destaque é um clássico da literatura portuguesa: A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz.

Para se inscrever no encontro basta preencher o formulário que se encontra neste link. No dia do encontro receberá um e-mail com todas as instruções para se juntar à conversa.

Além disso, pode ficar a par de tudo o que acontece no clube de leitura através deste link.

A destacar ainda este mês está a edição de “Estes Ventos Negros”, livro de João Narciso com data de lançamento marcada para o dia 21 pela Edições Casa Alta, assim como “Ilhíada”, de Alberto Pimenta (Edições do Ságuão), e “Rodeado de Ilha”, de João Miguel Fernandes Jorge (Relógio D’Água), ambas obras de poesia que carecem de detalhes à data da publicação deste artigo. Em igual situação encontra-se “Maremoto”, o aguardado novo romance de Djaimilia Pereira de Almeida, Prémio Oceanos 2019.

Thrillers, anti-heróis e como escrevê-los

Para os cultores do romance de mistério e os entusiastas do thriller literário, há algumas novidades este mês a ter em conta, começando por “O Rapaz do Bosque”. Editado por cá pela Editorial Presença, e com tradução de Maria João Freire de Andrade, o livro do multipremiado escritor Harlan Coben tem como trama central um homem com um passado misterioso — desapareceu no bosque em criança e foi encontrado, não tendo explicações para o sucedido — e agora defronta-se com uma adolescente desaparecida nas mesmas circunstâncias. Sai a 17 de março.

Outra opção passa por “Uma Hora de Vida”, nono livro da série Helen Grace, no qual a detetive britânica do mesmo nome com hábito de caçar serial-killers vê-se confrontada com um novo perigo: alguém anda a matar pessoas, avisando-as de quem têm os tais 60 minutos para viver antes do seu fim. Da autoria do britânico M. J. Arlidge, o mais recente capítulo desta saga já está publicado pela Topseller.

Se preferir, todavia, algo mais clássico, a Cultura Editora prepara-se para aproveitar o fenómeno provocado pela adaptação ao pequeno ecrã das aventuras de Arsène Lupin. Criação do francês Maurice Leblanc — espécie de antagonista do outro lado do Canal da Mancha ao Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyle — Lupin não resolve mistérios, antes cria-os ao ser um inventivo larápio um anti-herói que ridiculariza os poderosos e rouba aos ricos. Resgatado ao início do século XX, “Arsène Lupin: Cavalheiro Ladrão” é editado no dia 25.

Dando um passo à frente e indo dos amantes dos policiais aos aprendizes a escritores de mistério, a Cavalo de Ferro publicou este mês “Suspense ou a Arte da Ficção”, tratado literário sobre este género — e a escrita, em geral — de Patricia Highsmith. Esgotado no mercado português, este livro de uma das mais celebradas autoras de mistério de sempre — com tradução de Rita Canas Mendes — não é, todavia, um manual de aprendizagem, antes um conjunto de concelhos formulados a partir da própria experiência da escritora norte-americana.

Timings certos, reis perversos e como sobreviver aos 20

Naquilo que habitualmente se denomina como o segmento Young Adult — livros infantojuvenis que aos quais muitos adultos também não torcem o nariz —, a Cultura Editora lançou este mês o primeiro volume de “Heartstopper”. Trata-se de uma banda desenhada que começou como um projeto de Alice Oseman na rede Tumblr em 2016 até passar às edições físicas. Nesta história de amor LGBTQ+, Charlie e Nick conhecem-se na mesma escola e a sua amizade floresce para algo mais do que o mero convívio.

Falando de amor, a Topseller lança a 22 de março “À Nossa Hora”, a obra de estreia na ficção da escritora Laura Jane Williams que se tornou um êxito mundial. No cerne desta comédia romântica estão Nadia e Daniel, que habitualmente apanham o comboio à mesma hora e por razões distintas, batalhando os seus próprios demónios interiores. Quando Daniel coloca um anúncio num jornal a pedir à mulher loira que costuma estar na estação de comboio que vá tomar café com ele, Nadia não sabe se é a si que o texto se refere, espoletando uma narrativa que joga com a incerteza se se vão tornar num casal ou não.

Da mesma editora sai também outro fenómeno, o de Holly Black e a sua saga de fantasia “Folk of the Air”, a mesma autora das “Crónicas de Spiderwick”. Depois de publicar “O Príncipe Cruel”, a chancela da 20|20 lançou neste mês a sequela “O Rei Perverso”, seguindo as aventuras da mortal Jude Duarte no mundo de fadas Elfhame. Não se caia no erro, porém, de achar que este é um conto de fadas: à semelhança de outras séries literárias do mesmo género, aqui impera a conspiração e a violência.

Por fim, da ficção para a escrita de memórias, a Cultura Editora lança também uma reedição especial e aumentada de “Tudo o que Sei sobre o Amor” de Dolly Alderton, obra vencedora do National Book Awards britânico para melhor autobiografia em 2018. A nova versão inclui um capítulo onde a jornalista e podcaster descreve como foi chegar aos 30, mas o grosso do texto centra-se nas peripécias de uma jovem adulta a atravessar os 20, de maus encontros a ainda piores apartamentos, entre bebedeiras e empregos.

Histórias de Adversidade

Celebrado por alguns, desprezado por outros, é inegável que o Partido Comunista Português veio a tornar-se uma parte integral do sistema político português. A acompanhar o seu centenário, a Tinta-da-China lançou “Partido Comunista Português, 1921-2021”, antologia coordenada pelo professor e investigador José Neves, contando com textos de autores tão diversos como José Pacheco Pereira, Fernando Rosas, Ana Margarida de Carvalho, Ana Drago e do próprio Álvaro Cunhal. Neste seleção abordam-se desde as origens operárias do partido até aos desafios que enfrentou com o desmoronamento da União Soviéticaa, passando pela criação da sua estratégia antifascista durante o Estado Novo ou o seu papel no 25 de Abril.

Do outro lado do Atlântico, a história que quase ficou por contar é a de Mohamedou Ould Salahi, homem de origem mauritana que foi detido sem julgamento na infame prisão de Guantánamo entre 2002 e 2016 por suspeitas de ter planeado o atentado às Torres Gémeas de 2001. Em 2005, Salahi escreveu um testemunho das suas experiências de abuso e tortura no cárcere, tendo o texto apenas sido revelado ao público em 2011 e após várias rasuras das autoridades norte-americanas. O resultado foi “Diário de Guantánamo”, denúncia da política norte-americana no combate ao terrorismo, originalmente publicado em Portugal em 2015 pela Vogais e agora relançado pela mesma editora enquanto “O Mauritano” a propósito da adaptação ao cinema desta história.

Ainda no que toca a obras de teor histórico, é bem sabido que a 2ª Guerra Mundial é matéria fértil de exploração e este mês traz mais duas provas disso mesmo. “Os Infiltrados: O Casal de Amantes que Liderou a Resistência Alemã Contra os Nazis”, editado no início do mês pela Vogais, é um retrato meticuloso da vida de Harro Schulze-Boysen e Libertas Haas-Heye, um casal alemão abastado que optou por confrontar o Terceiro Reich à sua vida de conforto e acabou executado e apagado da história, aqui resgatada pelo historiador Norman Ohler. Outro exemplo é “Sobreviventes - A vida das crianças após o Holocausto”, história oral de Rebecca Clifford, que se baseia nas memórias de mais de uma centena de crianças judias, marcadas justamente pelo trauma de passar por um evento onde ainda se estavam a formar enquanto pessoas. Sai pela Edições 70 no dia 25.

Viagens ao fundo da terra, políticas revolucionárias e economia em termos simples. Livros para pensar

Ousar uma descida às profundezas da terra não é só uma iniciativa intrépida, é uma forma privilegiada de refletir sobre a própria condição humana e do quão pequenos somos perante a imensidão geográfica e temporal do planeta. Descrito pela crítica como o magnum-opus do multipremiado escritor britânico Robert Macfarlane, o “Mundo Subterrâneo” é simultaneamente um livro de viagens aos locais mais profundos onde o humano já entrou neste planeta, uma obra filosófica que cruza referência literárias, mitológica e científicas e um manifesto pela natureza e contra os abusos perpetrados contra a mesma. Com edição pela Elsinore, tem data de lançamento para dia 22.

Mantendo a toada reflexiva, eis outra questão: Será que nós estamos condenados a competir uns com os outros para singrar na vida e na sociedade que construímos? Piotr Kropotkine acreditava que não. Parte da tese do escritor russo, um dos maiores pensadores anarquistas da história, era que a própria natureza era pródiga em exemplos de ajuda mútua e de reciprocidade e que os seres humanos podem seguir o mesmo exemplo, rejeitando a competição e abraçando a cooperação, o verdadeiro fator da evolução. A súmula dos seus pensamentos nestas matérias deu origem a “O Auxílio Mútuo”, publicado originalmente em 1891 e agora editado pela Antígona em Portugal, com tradução de Miguel Serras Pereira e data de lançamento para dia 22. Nele encontram-se os alicerces científicos para a organização da vida em sociedade sem Estado, baseada no mutualismo.

Em matérias de pensamento à esquerda, a corrente dominante todavia, não tem sido propriamente o anarquismo mas sim o marxismo, ainda que haja muito boa gente que acredita que tenha caído em desuso no século XXI. Terry Eagleton discorda e escreveu um livro para demonstrá-lo. Em “Porque É que Marx Tinha Razão”, o crítico literário e intelectual britânico defende a atual pertinência do pensamento marxista e procura refutar algumas das mais comuns críticas que lhe são dirigidas. A obra, marcando a estreia de Eagleton em Portugal, já foi publicada pela Edições 70.

Tanto uma corrente como a outra, de resto, têm entre os seus defensores quem apele à revolução violenta. Para Judith Butler, contudo, as práticas políticas sem violência podem também ser altamente transformadoras para a sociedade. Aquela que é uma das maiores pensadoras do feminismo da atualidade propõe em “A Força da Não-Violência” que se encare esta forma de resistência não como passiva ou individualista, mas até como uma tática política agressiva e transformadora, recordando que aqueles que mais associados são à violência são também os que mais sofrem com ela. O livro da filósofa, também traduzido pela Edições 70, já se encontra disponível.

Por cá, o pensamento é bem mais pragmático, mas nem por isso menos urgente. Numa fase em que a pandemia já começou a aumentar as desigualdades e promete apenas agravá-las, Luís Aguiar-Conraria, professor da Universidade do Minho e economista publica “A Culpa Vive Solteira” pelo Clube do Autor. Neste livro, temas que vão do atraso crónico de Portugal à discriminação ou aos efeitos da covid-19 no país são analisados com a promessa de uma linguagem afastada do “economês” e com a clareza que tem demonstrado nas suas participações no espaço público. É editado no dia 24.

Resistir, lamentar e fruir: viver é tudo isto

Como é que o corpo humano resiste a bactérias, vírus e parasitas? Através daquilo a que o jornalista Matt Richtel caracteriza como “uma forma de defesa elegante”, o sistema imunitário. Partindo das histórias de quatro pessoas distintas — incluindo um doente de cancro miraculosamente recuperado e uma mulher sofrendo de uma condição autoimune e que viu o seu próprio corpo atacá-la — o jornalista do The New York Times, vencedor de um prémio Pulitzer, tece uma narrativa sobre a história da imunologia e a forma como os mais recentes avanços da ciência têm permitido compreender de que forma podemos salvar vidas. “A Ciência do Sistema Imunitário” é lançado pela Temas e Debates a 25 de março.

Mas mesmo fazendo de tudo para impedir a morte e o sofrimento, ambos são inevitáveis, pelo que há que cultivar a resiliência não só física como mental. Aceitar que as coisas más fazem parte da vida é um começo e é o que Katherine May prescreve em “Reiniciar”. Partido da sua própria experiência pessoal, a escritora descreve aquilo que foi o seu “inverno pessoal” e explica aos demais que há que aceitá-lo, não sendo este propriamente um livro de autoajuda, mas sim uma proposta de catarse conjunta. A obra, aclamada pela crítica, já está no mercado, editada pelo Clube do Autor.

Fonte de alegrias mas também forma de aplacar angústias e temores, ler é solução para praticamente tudo. Então, que se faça com prazer, como pede Eugénio Lisboa em “Vamos Ler! Um cânone para o leitor relutante”. O ensaísta e crítico literário de 90 anos propõe assim uma seleção literária em língua portuguesa e que considera ser um antídoto ao “snobismo provinciano”. Ao todo são 50 livros de 35 autores diferentes sugeridos e contextualizados nesta obra, já disponível pela Guerra & Paz.

Máscaras e melancolia. Para os mais pequenos

O que são os vírus e como lidar com eles? É com base nesta premissa que a veterinária e virologista italiana Ilaria Capua se juntou à ilustradora Ilaria Faccioli para lançar “Cucu, Máscara!”, editado por cá pela Asa. Outra forma de pedagogia passa por ensinar o que é a perda e a solidão e o quão bom é ter companhia. “Ser Pequeno na Cidade”, já disponível pela Fábula, é uma história que aborda esses temas de forma melancólica, obra de estreia do canadiano Sydney Smith.

Outro livro de teor mais alegórico para meter os petizes a pensar e sentir é “O Destino de Fausto”, do celebrado escritor e ilustrador Oliver Jeffers, no qual o protagonista que dá o nome à obra se sente impelido a conquistar tudo que se depara perante si e, portanto, faz-se ao mar numa ânsia de controlo. Já se encontra disponível pela Orfeu Negro. A mesma ânsia de ter mais e mais afeta as gralhas protagonistas de “Demasiado”, de Emily Gravett, também ele um parábola moral, mas desta feita com uma mensagem mais ecológica. Tem edição pela Livros Horizonte no dia 23. Por fim, “Tudo tão grande” marca o regresso da Planeta Tangerina aos lançamentos, com esta obra de Isabel Minhós Martins — com ilustração de Bernardo P. Carvalho —, sendo também ela uma obra mais contemplativa e metafórica, ou como descreve a editora, um livro que “não traz música, mas está mesmo a pedir que o cantem para nós”.

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