O Prémio António Gedeão, que este ano cumpre a quinta edição, foi atribuído por unanimidade a Daniel Jonas pelo júri composto por Paulo Sucena, que o presidiu, pela professora Clara Crabbé Rocha e por José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Publicado há um ano pela Assírio & Alvim, "Oblívio", em que o escritor adota a forma soneto, recebeu, no passado mês de junho, o Grande Prémio de Literatura dst.

Poeta, dramaturgo e tradutor, Daniel Jonas foi já distinguido pelos livros "Sonótono" (Cotovia, 2006), com o prémio PEN de Poesia, e "Nó" (Assírio & Alvim, 2014), Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da APE.

Daniel Jones foi um dos finalistas do Prémio Europeu da Liberdade, com "Passageiro Frequente" (Língua Morta, 2013).

Recebeu o prémio Europa David Mourão-Ferreira, da Universidade de Bari/Aldo Moro, pelo conjunto da obra, que inclui também títulos como "Bisonte" (Assírio & Alvim, 2016) e "Fantasmas Inquilinos" (Livros Cotovia, 2005).

Traduziu John Milton, William Shakespeare, Evelyn Waugh, Luigi Pirandello, Malcolm Lowry, Henry James, J.K. Huysmans, John Berryman, Charles Dickens, William Wordsworth, entre outros autores.

Em teatro, destacam-se também as suas peças "Nenhures" (Cotovia, 2008), "Estocolmo" e o libreto "Still Frank", textos encenados pelo Teatro Bruto, companhia que cessou atividade em 2014, por dificuldades financeiras.

A abertura da presente temporada do Teatro Nacional S. João, no Porto, realizou-se com a tradução e versão cénica de “Otelo”, de Shakespeare, de Daniel Jonas, depois de ter também traduzido "Macbeth", para a encenação de Nuno Carinhas.

A Fenprof atribui, em anos alternados, o Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues, para romance, e o Prémio Literário António Gedeão, para poesia.

Os prémios têm por finalidade galardoar uma obra em português e de autor português, "publicada integralmente e em primeira edição" no ano anterior.

A Fenprof tem por objetivo igualmente distinguir "obras literárias, de poesia e ficção narrativa, em anos alternados, de professores no ativo ou aposentados, de qualquer grau de educação e de ensino, público ou privado, e também de docentes deslocados em outros serviços ou funções".

Em 2017, a escritora Isabela Figueiredo venceu o Prémio Urbano Tavares Rodrigues de narrativa com "A Gorda" (Caminho) e, em 2016, o Prémio António Gedeão de poesia foi para Nuno Júdice, pelo livro "A Convergência dos Ventos" (Dom Quixote).

O prémio, com o valor de 7.500 euros, tem o patrocínio SABSEG - Corretores de Seguros.

A entrega do Prémio António Gedeão a Daniel Jonas realiza-se na próxima sexta-feira, às 14:00, na sede da Fenprof.