Nesta 44.ª edição dos prémios, havia um filme português nomeado: “Entre sombras”, de Alice Eça Guimarães e Mónica Santos, estava indicado para melhor curta de animação, tendo perdido para “Vilaine fille”, de Ayce Kartal.
“Custódia partilhada”, primeira obra de Xavier Legrand, um drama sobre divórcio e violência conjugal, venceu o César de melhor filme, de argumento original, de montagem e de interpretação feminina.
Ao receber o prémio, a atriz Léa Drucker dedicou-o “a todas as Myriam [nome da personagem que interpreta, vítima de violência] que não estão numa ficção, mas na vida real”.
“A violência começa pelas palavras que usamos no dia-a-dia. Pensamos que são banais, mas não nos damos conta de que são o começo de uma ameaça, são o reflexo de uma forma de pensar, de uma ideologia que todos devemos combater”, disse.
“Os irmãos Sisters”, a primeira produção norte-americana de Jacques Audiard, com Joaquin Phoenix e John C. Reilly, recebeu quatro Césares, entre os quais de melhor realização e direção de fotografia.
Alex Lutz venceu o prémio de melhor ator com “Guy”, que o próprio realizou.
“Shoplifters: Uma família de pequenos ladrões”, de Hirokazu Kore-eda, foi eleito o melhor filme estrangeiro.
O ator e produtor norte-americano Robert Redford, que anunciou a despedida da representação, recebeu um prémio de carreira.
O grande derrotado desta 44.ª edição dos Césares foi a comédia “Ou nadas ou afundas”, de Gilles Lellouche, que só recebeu um dos dez prémios para os quais estava nomeado: o de melhor ator secundário para Philippe Katerine.
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