Os advogados dos arguidos prescindiram do prazo para exercer o direito de defesa, tendo a juíza presidente marcado a leitura do acórdão para sexta-feira, às 09:15.

Os militares, nove homens e uma mulher, estão acusados de crimes de tortura, ofensas à integridade física e sequestro, por factos ocorridos em agosto de 2015 no posto da GNR de Murtosa, no distrito de Aveiro.

O caso aconteceu na sequência das investigações a uma agressão a três guardas que estavam de folga, na madrugada do dia 30 de agosto de 2015, no interior e nas imediações de um bar na Torreira, no concelho da Murtosa, perpetrada por um grupo numeroso de indivíduos.

No dia a seguir a este episódio violento, os militares intercetaram três homens e levaram-nos para o posto da GNR da Murtosa, onde alegadamente os sujeitaram a agressões físicas e verbais para obterem informações sobre a identidade e o paradeiro dos elementos do grupo que atacou os guardas.

O Ministério Público fala num plano "gizado" pelos militares agredidos, de comum acordo e em conjugação de esforços com os restantes arguidos, de forma a satisfazerem o seu desejo de vingança pelas agressões de que foram vítimas e no sentido de apurar todos os responsáveis por aquele ato.