O adolescente Suleman Dawood, que morreu no submersível Titan, tinha levado consigo um cubo de Rubik porque queria bater um recorde mundial do Guinness.

A informação foi avançada pela mãe do jovem de 19 anos, Christine Dawood, em entrevista ao canal britânico BBC, que sublinhou que o pai do rapaz, Shahzada Dawood, que também morreu no acidente, teria inclusivamente levado uma câmara para registar o momento dentro do Titan.

Christine Dawood e a filha estavam a bordo do Polar Prince, o navio de apoio ao submarino, quando chegou a notícia de que as comunicações com o Titan tinham sido perdidas.

"Eu não compreendi naquele momento o que isso significava - e então tudo piorou a partir daí", afirmou à BBC.

Falando do filho, Dawood afirmou que Suleman gostava tanto o cubo de Rubik que o carregava consigo para todos os lugares, deslumbrando os seus seguidores quando conseguia resolver o complexo quebra-cabeça em apenas 12 segundos.

"Ele disse: 'Vou resolver o cubo de Rubik 3.700 metros abaixo do nível do mar, no Titanic'", sublinhou a mãe.

Suleman era aluno da Universidade de Strathclyde, em Glasgow, no Reino Unido. Já o pai, o empresário Shahzada Dawood, que era britânico, pertencia a uma das famílias mais ricas do Paquistão.

Christine Dawood disse que ela e a filha vão agora tentar aprender a terminar o cubo em homenagem a Suleman, e que pretende continuar o trabalho do marido no que diz respeito a intervenção social.

"Ele esteve envolvido em tantas coisas, ajudou tantas pessoas e acho que realmente quero continuar esse legado e dar-lhe essa plataforma... é muito importante para minha filha também", sublinhou.

Recorde-se que além de Suleman e o pai Shahzada Dawood, outras três pessoas morreram a bordo do submersível Titan, que pertencia à empresa OceanGate: Stockton Rush, o CEO de 61 anos da OceanGate, o empresário britânico Hamish Harding, de 58, e Paul-Henry Nargeolet, de 77 anos, um ex-mergulhador da marinha francesa e reconhecido explorador.