Falta menos de um mês para as legislativas. A esta distância, tudo parece vago e difuso. A campanha só começa oficialmente no dia 22 deste mês, mas esta semana que passou foi já marcada pelos debates entre vários líderes das listas que concorrem à Assembleia da República.

Hoje, Rui Rio (PSD) debate com André Silva (PAN), na SIC. Quarta-feira é a vez de António Costa (PS), também na SIC, se sentar frente ao líder do Pessoas-Animais-Natureza.

A agenda é longa e espalha-se entre a rádio e a televisão. Os líderes dos dois principais partidos — PS e PSD — estão frente-a-frente a 16 e a 23 de setembro. No primeiro dia, o confronto será num simultâneo dos três canais em sinal aberto: RTP, SIC e TVI. No segundo confronto, Costa e Rio debatem na telefonia: Renascença, Antena1 e TSF.

Haverá ainda tempo para irem todos ao molho (todos os que têm assento parlamentar, claro). Nas rádios, no dia 18 de setembro, PS, PSD, BE, CDS-PP, CDU e PAN sentam-se aos microfones. Dia 23, será diante das câmaras da RTP.

O último debate entre Rui Rio e António Costa será na telefonia: também dia 23, na Renascença, Antena1 e TSF.

Mas o último mesmo, já pertinho das eleições, será a 30 de setembro, na RTP1 e RTP3, só com os partidos sem assento parlamentar.

O ‘Público’ fez um bom calendário onde tudo isto está explicado com cores pastel.

Mas que serve isto? Se é verdade que alguns estudos norte-americanos indicam que quando chegamos à campanha eleitoral, pouco ou nada os panfletos e outros arraiais vão influenciar a nossa decisão, também é verdade que discutir as ideias de cada partido para a governação nunca é demais.

Para isso, os partidos preveem gastar 8,1 milhões de euros. São menos 700 mil euros do que em 2011. O que mais gasta é o PS (2,4 milhões), seguido de perto pelo PSD (2,05 milhões de euros). O mais poupado é o Partido da Terra, que prevê gastar 0 euros.

Importa lembrar que em maio, nas eleições europeias, 68,6% dos eleitores escolheu não escolher. Foi um recorde de abstenção — inflacionado pelos novos cadernos eleitorais.

No dia 6 de outubro, 10.811.436 eleitores, de 22 círculos, vão escolher as cores de 230 deputados. Deputados que podem ser dos 21 partidos que concorrem as estas legislativas (embora apenas 15 o façam em todos os círculos).

Desta vez, aos repetentes juntam-se ainda quatro novas forças, que pretendem fazer-se ouvir: o Aliança, de Santana Lopes; o Reagir Incluir Reciclar, de Tino de Rans (RIR); o Chega, de André Ventura; e o Iniciativa Liberal, de Carlos Guimarães Pinto.

A Isabel Tavares falou com Catarina Martins, do Bloco, e Pedro Santana Lopes, do Aliança. São duas boas formas de conhecer melhor os líderes destes dois partidos — e as ideias que defendem.

Seja em debates ou entrevistas, os embates vão suceder-se até outubro. Pelo caminho, nós no SAPO24 vamos acompanhando o comboio eleitoral.

Eu sou o Pedro Soares Botelho e hoje o dia foi assim.