O CEO da empresa de comércio 'online', Andy Jassy, comunicou que a Amazon vai despedir cerca de 9 mil funcionários nas próximas semanas. Trata-se de um novo episódio na redução de postos de trabalho que está em curso no setor tecnológico.
Os empregos que vão ser eliminados afetam essencialmente a atividade informática à distância (‘cloud’) Amazon Web Services (AWS), o departamento dedicado à gestão de recursos humanos, efetivos que trabalham em publicidade e na plataforma de vídeo Twitch, precisou Jassy.
"Esta foi uma decisão difícil, mas que pensamos ser a melhor para a empresa a longo prazo", disse o CEO no comunicado.
"Dada a incerteza económica e a falta de visibilidade sobre o futuro próximo, decidimos reduzir os nossos custos e a nossa mão-de-obra", afirmou Jassy, que sucedeu ao fundador do grupo, Jeff Bezos, em julho de 2021.
Andy Jassy justificou esta segunda vaga de cortes no emprego com o facto de a análise ser mais demorada em alguns departamentos, mas faz parte da mesma iniciativa de redução de custos iniciada no outono. Em janeiro eliminaram 18 mil posições.
Andy Jassy acrescenta que poderão existir, no entanto, contratações limitadas em algumas áreas onde sejam necessários mais recursos.
Os despedimentos anunciados desde o início do ano, 27 mil no total, representam cerca de 1,7% dos trabalhadores da Amazon, que tinha 1,54 milhões de empregados em todo o mundo no final de 2022.
Desde finais de 2019 até ao fim de 2022, a Amazon recrutou 700.000 pessoas, aumentando em 83% o número de empregados.
O grupo registou no quarto trimestre de 2022 uma queda de 98% no seu lucro líquido.
O fim dos confinamentos abrandou a trajetória do grupo, que tinha crescido bastante com a aceleração do comércio 'online' durante a pandemia de covid-19.
O ciclo de aperto monetário iniciado há um ano pelo banco central norte-americano, que subiu bastante as taxas de juro, também tem afetado o setor tecnológico devido às significativas necessidades de financiamento.
(Artigo atualizado às 17h07)
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