A investigação está a ser conduzida pelo Comando Contra o Terrorismo da Met, em colaboração com a Unidade de Operações Especializadas da Região Leste (ERSOU, na sigla em inglês) e com a Polícia de Essex, anunciou aquela força policial, num comunicado divulgado na rede social Twitter.
O coordenador nacional da unidade de contraterrorismo, o comissário Dean Haydon, “declarou formalmente o incidente como terrorismo”, indicou a polícia na nota.
“A investigação inicial revelou uma potencial motivação ligada ao extremismo islâmico”, acrescentou.
O deputado conservador David Amess morreu na sexta-feira na sequência de um ataque com uma faca em Leigh-on-Sea, durante um encontro com eleitores.
Num comunicado, a polícia do condado de Essex, no sudeste de Inglaterra, disse ter sido chamada pouco depois das 12:05.
“Encontrámos um homem ferido. Ele foi assistido pelos serviços de emergência, mas, infelizmente, morreu no local”, indicou.
Segundo a força policial, “um homem de 25 anos foi rapidamente preso, pouco depois de os polícias terem chegado ao local, sob suspeita de homicídio, e uma faca foi recuperada”.
O homem encontra-se detido, tendo a polícia acrescentado que não pensa existirem mais pessoas envolvidas no ataque.
“Como parte da investigação, os agentes estão atualmente a efetuar buscas em duas moradas na área de Londres”, informou ainda a polícia.
O incidente aconteceu durante audiências com eleitores na Igreja Metodista de Belfairs, em Leigh-on-Sea.
Estas audiências são realizadas regularmente por todos os deputados britânicos para conhecer problemas que os cidadãos queiram apresentar, sendo abertas a qualquer pessoa.
David Amess, de 69 anos, casado e pai de cinco filhos, representava a circunscrição de Southend West, no condado de Essex.
Era deputado desde 1983, católico, opositor ao aborto e defensor dos direitos dos animais, tendo também feito campanha pelo ‘Brexit’.
As manifestações de pesar foram unânimes em todos os quadrantes políticos, com o crime a trazer à memória o homicídio em 2016 da deputada do Partido Trabalhista Jo Cox, assassinada por um militante de extrema-direita, uma semana antes do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Dois outros deputados, o Liberal Democrata Nigel Jones, em 2000, e o trabalhista Stephen Timms, em 2010, foram vítimas de ataques com facas, tendo ambos sobrevivido, embora um assessor de Jones tenha morrido ao tentar protegê-lo.
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