“É bom que António Costa tenha memória e que não se esqueça de nenhum episódio da história, nem de nenhum dos seus antecessores. É bom relembrar que este PS e, em boa parte, este governo do PS, coincidente com outros governos do PS, foi responsável por levar por três vezes Portugal à bancarrota”, afirmou Assunção Cristas na abertura do Congresso da Juventude Popular, numa unidade hoteleira de Peniche, no distrito de Leiria.
“Três vezes”, repetiu várias vezes a líder do CDS-PP.
Na abertura do Congresso do PS, na Batalha, no mesmo distrito, o secretário-geral do PS defendeu, na sexta-feira, que os resultados governativos dos últimos dois anos e meio provaram que o seu partido teve razão, acabando com o mito de que só a direita sabe gerir as finanças públicas.
Na questão da redução da dívida, o líder socialista começou por deixar uma crítica implícita a quem defendia uma renegociação unilateral junto dos credores internacionais, afirmando que o seu Governo se recusou a enfrentar esta questão "com bravatas, mas, antes, com uma gestão rigorosa das finanças públicas".
Para a líder do CDS-PP, “não é verdade que o PS seja o partido que melhor governa as finanças”. Cristas acrescentou que a divida, que “continua em níveis muitíssimo elevados, está muito longe das promessas deste governo”.
Assunção Cristas recordou que, em 2011, com a crise no país e na Europa, o PS “foi corrido pelos portugueses” e hoje “é fácil falar quando este Governo vai a reboque do crescimento económico” da Europa.
A presidente dos centristas considerou também que a “dupla imbatível” do primeiro-ministro, António Costa, e ministro das Finanças, Mário Centeno, “consegue números bonitos para mostrar a Bruxelas” à conta de “austeridade posta debaixo da mesa e dissimulada”, “enorme carga fiscal”, “impostos diretos que vão ao bolso das pessoas”, “extraordinária degradação dos serviços públicos”, “cativações bem para lá dos mil milhões de euros”.
Cristas concluiu que os socialistas “o que fazem é esconder os cortes de forma ardilosa na educação, nos transportes públicos, na segurança e na saúde”.
“O Serviço Nacional de Saúde, que é a grande paixão do PS, está em estado de emergência a precisar de ligar para o 112. O problema é que o próprio 112, através o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], é o primeiro a estar numa profunda degradação”, apontou Cristas.
Na sua edição de hoje, o semanário Expresso noticia que o INEM está em estado crítico, com bases operacionais degradadas, viaturas sem manutenção, fármacos em falta e escassez de profissionais que levaram a que 17% das emergências pré-hospitalares não tiveram apoio médico.
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