“Nós, soldados do Hamas, exigimos que Israel termine os ataques ao setor de Gaza. Exigimos à União Europeia que termine o seu apoio a Israel (…) caso as nossas reivindicações não sejam satisfeitas, uma bomba explodirá [a bordo do avião da Ryanair] sobre Vílnius”, citou Artem Sikorski, diretor do transporte aéreo no Ministério dos Transportes bielorrusso, esclarecendo que lia uma tradução em russo da mensagem recebida em inglês.

Um avião da companhia Ryanair que fazia a ligação entre a Grécia e a Lituânia, dois países da União Europeia, foi intercetado no domingo pela aviação bielorrussa pouco antes de entrar no espaço aéreo lituano e por ordem do Presidente Alexandre Lukashenko, alegando um alerta de bomba que, segundo Minsk, se revelou falso.

Roman Protasevich, 26 anos, antigo chefe de redação do influente ‘media’ da oposição bielorrusso Nexta e que seguida a bordo do aparelho, foi detido após a chegada do avião a Minsk. Desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades da Bielorrússia.

Os ocidentais e os críticos do regime de Alexandre Lukashenko denunciaram um desvio de avião, com alguns a referirem-se inclusive a “terrorismo de Estado”.

Os países ocidentais e os membros da NATO, incluindo o Governo português, já condenaram o desvio do avião, assim como a detenção de Protasevich, e aludiram à aplicação de sanções e outras medidas contra o Governo bielorrusso.