Catarina Martins participou hoje na marcha do Dia Internacional da Mulher que decorreu em Lisboa e, no arranque da iniciativa na Praça Camões, em declarações aos jornalistas, afirmou que todos os presentes estão “contra todas as violências, contra todas as discriminações e pela igualdade”.

“Mas seguramente aqui estamos também solidárias com as mulheres que na Ucrânia estão a enfrentar um invasor, com aquelas que estão a fugir, refugiadas, com os seus filhos, da guerra. e também com aquelas mulheres russas que vemos na rua a protestar contra a guerra. Estes dias são cheios de mulheres cheias de coragem e aqui estamos com toda a solidariedade”, enfatizou.

Nesta marcha, segundo Catarina Martins, “juntam-se todas as lutas pela igualdade” porque “ser mulher em Portugal e no mundo é fator de discriminação e mesmo de risco”.

“As mulheres ganham menos, as mulheres são mais vítimas de violência e com a pandemia as mulheres foram as primeiras a perder o emprego, foram as primeiras a perder rendimento e são aquelas a quem está a ser mais difícil conseguir recuperar depois deste período pandémico”, elencou.

Questionada sobre a ação de Portugal em relação à guerra na Ucrânia, a líder do BE respondeu que os bloquistas têm preocupação com a relação que o país “tem com os interesses de oligarcas russos e a dificuldade que o Governo português parece ter em identificar esses interesses económicos e em congelar esses bens”.

“E isso é muito importante porque uma forma de travar a guerra é secar as fontes de financiamento de Putin e tirar-lhe os apoios. Como sabem a Rússia é uma oligarquia, Putin depende desses oligarcas”, explicou.

Catarina Martins aproveitou ainda o momento para dar conta de uma resolução proposta pelo BE na Assembleia Municipal de Lisboa e que foi aprovada esta tarde e que propõe, entre outras coisas, que “seja feito um esforço para que as famílias se reencontrem quando vêm da Ucrânia para cá, para o reagrupamento familiar”.

“E também para que recebamos não só quem foge da guerra da Ucrânia, mas também aqueles que na Rússia se manifestam contra a guerra e por isso estão a ser perseguidos e Portugal deve ter um papel a apoiar estas pessoas corajosas que na Rússia também dizem não à guerra. Apoiar a Ucrânia, apoiar as vozes da oposição a Putin para que possamos fazer o nosso melhor no esforço de travar a guerra”, detalhou.

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