O executivo tinha apresentado o plano de continuar negociações com Bruxelas que permitam ao Reino Unido sair da União Europeia (UE) com um acordo, o qual prometeu submeter no máximo até 12 de março.
Concomitantemente, perante a hipótese de ser novamente chumbado, adiantou que realizaria um voto perguntando aos deputados se autorizariam uma saída sem acordo, ou, caso contrário, apresentaria a opção de pedir à UE o prolongamento das negociações para além de 29 de março.
Este calendário destinou-se a esvaziar uma potencial proposta da deputada trabalhista Yvette Cooper, que, mesmo assim, apresentou uma emenda pedindo que os compromissos do governo ficassem corroborados.
A proposta passou por 502 votos a favor e 20 contra.
Uma proposta do partido Trabalhista que instruía o governo para negociar mudanças na declaração política para criar no futuro uma "união aduaneira permanente e abrangente" com a UE foi rejeitada por 323 votos contra e 240 a favor, uma margem de 83 votos.
Chumbado o plano alternativo do principal partido da oposição, a posição do ‘Labour' é agora propor ou apoiar propostas que ofereçam ao povo britânico uma opção de saída credível subscrita por esta Câmara [dos Comuns] ou a opção de ficar na UE.
Apesar do apoio do partido Trabalhista, a proposta do Partido Nacionalista Escocês (SNP), juntamente com outros deputados da oposição, determinando que o Reino Unido não saia da UE sem um acordo "em quaisquer circunstâncias" foi rejeitada por 324 votos contra e 288 a favor, uma margem de 36 votos.
O principal risco de derrota para o governo estava na proposta do deputado conservador Alberto Costa, que propunha que o capítulo dos direitos dos cidadãos do acordo de saída deva ser negociado com Bruxelas e implementado, independentemente de existir um ‘Brexit' com ou sem acordo.
Perante o amplo apoio transversal no partido conservador e oposição e de eurocéticos e pró-europeus, o governo acabou aceitar as condições, tendo o ministro para o ‘Brexit', Stephen Barclay, assegurado na declaração de encerramento do debate que o governo faria esta intervenção se o acordo inteiro não for aprovado pelo parlamento.
O resultado foi a aprovação desta proposta sem a necessidade de contar votos, ao contrário do que aconteceu com as restantes propostas.
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