"As escolas estão qualificadas e respondem pedagogicamente àquilo que é esperado dos estabelecimentos de educação e ensino, exceto a Escola Secundária André de Gouveia", afirmou hoje à agência Lusa a vice-presidente do município, Élia Mira.
A autarca adiantou que o município, o agrupamento de escolas e a associação de pais da Escola Secundária André de Gouveia (ESAG) já enviaram um pedido de reunião à secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
"Temos uma espécie de consórcio no sentido de motivar o Ministério da Educação a assumir a parte da comparticipação nacional que é necessária para se poder recorrer a fundos comunitários para uma intervenção" na escola, referiu.
A responsável pelo pelouro da educação realçou que as outras escolas do terceiro ciclo e secundárias de Évora já foram intervencionadas, assinalando que a ESAG esteve "integrada num projeto da Parque Escolar, mas nunca chegou a avançar".
"Temos uma escola que está muito degradada a vários níveis", observou Élia Mira, indicando que alguns problemas "são perfeitamente visíveis e outros não, como o caso das instalações elétricas, canalizações e o conforto térmico" do edifício.
Além disso, notou que o pavilhão desportivo da escola "tem uma cobertura em fibrocimento e, muito provavelmente, terá amianto".
A vice-presidente da Câmara de Évora defendeu que as obras na escola devem ser assumidas pelo Ministério da Educação, salientando que o município "não tem competências", nem recursos financeiros para tal.
Élia Mira revelou que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), "num contacto informal", chegou a propor que a câmara municipal assumisse metade da contrapartida pública nacional do projeto.
"Lamentavelmente não podemos, por constrangimentos financeiros que o município atravessa e porque o próprio Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) não nos permite", justificou, salientando que a prioridade do município é "investir nas escolas" que estão sob a sua alçada.
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