“Estes partidos vão ser barrados à porta da conferência de líderes, o que, além do mais, é um erro, inclusivamente é um erro político porque é atribuir um capital de queixa absolutamente desnecessário”, afirmou o deputado que lembrou o caso da repreensão do presidente do parlamento Ferro Rodrigues a André Ventura, do Chega, por abusar das palavras “vergonha” e “vergonhoso”.

Estas declarações foram feitas minutos depois de a comissão dos Assuntos Constitucionais ter aprovado a revisão ao regimento que não dá direito de assento nem estatuto de observador aos deputados únicos na conferência de líderes.

“Não queria usar a palavra proibida porque não posso usar palavras proibidas, mas vou correr esse risco. É uma vergonha, uma vergonha sem nenhum tipo de explicação”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.

O CDS era um dos partidos, como a Iniciativa Liberal, Livre e Chega, que propunha a participação de pleno direito dos deputados únicos na conferência de líderes.

A marcação da agenda parlamentar é da responsabilidade do presidente da Assembleia da República, depois de ouvida a conferência de líderes.

Um dos argumentos usados pelos três partidos que rejeitaram esta proposta, PS, PSD e PCP, é que, aprová-la, seria equiparar os deputados únicos representantes de um partido (DURP) a grupo parlamentar, que tem de ter menos dois eleitos.