“O Governo de esteve mais preocupado em preparar a Festa do Avante! do que acautelar um regresso às aulas para milhares de alunos, famílias e professores em segurança”, declarou Francisco Rodrigues dos Santos.
O presidente centrista falava em Ponta Delgada na apresentação de Nuno Gomes como cabeça de lista por São Miguel às eleições legislativas regionais dos Açores, agendadas para 25 de outubro.
O dirigente reiterou que o país necessita de um plano de prevenção que evite uma segunda vaga do vírus da covid-19 e torne “desnecessários mais sacrifícios da economia", uma vez que "o país não vai aguentar”.
Para o líder centrista, é “lastimável que ainda nada se saiba sobre uma série de orientações técnicas e de segurança de saúde pública por um conjunto de atividades que ainda não retomaram” a normalidade.
Francisco Rodrigues dos Santos quer um plano de prevenção nacional para “conciliar a recuperação económica, inevitável no país - para que mais portugueses não sejam votados ao desemprego, à fome e miséria”, compatibilizando-a com as "responsabilidades individuais e coletivas de saúde pública”.
O presidente centrista considera que a apressada declaração do Governo de que irá decretar o estado de contingência “gerou mais incertezas e receio social na economia e famílias portuguesas, quando se pedia mais segurança e previsibilidade para retomarem as suas vidas com normalidade”.
Francisco Rodrigues dos Santos defendeu um reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e uma lista pública de credores do Estado para que o Governo “acelere os pagamentos em atraso a fornecedores”.
A consequência do não pagamento a fornecedores tem sido o encerramento de “muitos centros de saúde”, de acordo com o dirigente do CDS-PP, que quer uma redução das listas de espera, uma vez que há “milhares de portugueses que aguardam por uma consulta ou cirurgia que tarda e não vem”.
Francisco Rodrigues dos Santos apontou que 3,9 milhões de consultas foram canceladas, 93 mil cirurgias adiadas e morreram no país 10.400 pessoas em agosto, o valor “mais alto dos últimos 12 anos”, o que significa que o combate à covid-19 “está a ser feito à custa dos doentes” com outras patologias.
Portugal contabiliza pelo menos 1.829 mortos associados à covid-19 em 59.051 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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